Apresentação de Michael teve a presença em peso de dirigentes do FlamengoGilvan de Souza / Flamengo
Publicado 23/08/2024 15:33
Michael está de volta e, regularizado, já pode jogar contra o Red Bull Bragantino no domingo, às 20h (de Brasília). Apresentado pelo Flamengo nesta sexta-feira (23), ele admitiu que não foi fácil deixar o Al-Hilal, mas o desejo de retornar ao Brasil e, em especial o Rubro-Negro, falou mais alto. Ainda assim, a passagem pela Arábia Saudita vai ficar marcada para o atacante como um momento único em que pôde ficar perto de grandes craques do futebol mundial.
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"Eu zerei a vida. Tive a oportunidade de conhecer o Neymar, e joguei com ele. Foi maravilhoso. Depois tive a oportunidade de jogar contra Cristiano Ronaldo e Messi. E fiz gol nos dois jogos. Neymar é um cara incrível, dava muito conselho. Para mim, ele é o melhor. Sou brasileiro e torço muito para que ele recupere", afirmou.
Mesmo com alto salário, sendo treinado por Jorge Jesus e querido pelos torcedores, Michael deixou o coração falar mais alto. E também quis cumprir a promessa que fez em 2022, quando deixou o Flamengo.
"Não foi fácil sair de lá, porque eu era muito querido por todos, mas tinha um desejo muito grande de voltar ao Brasil. Queria muito voltar a esse clube. A gente falou, em 2022 que não era um adeus, era um até breve. Não é que o Flamengo me quer, eu que tenho perguntar se eu posso voltar", disse.
O atacante assinou por quatro anos e  vestiu a camisa número 30 rubro-negro simplesmente porque não tinha ninguém usando. Mesmo fora do futebol brasileiro há mais de dois anos, ele não acha que a questão física será um problema e se coloca à disposição para estrear no domingo.
"Estou pronto, estava jogando. Fui campeão no sábado da Supercopa da Arábia Saudita. Joguei os dois jogos, estava treinando e em pré-temporada. Quem escala é o treinador, a opção é dele. Aquilo que ele achar que é melhor eu vou ajudá-lo", completou.

Outras declarações de Michael na volta ao Flamengo

Retorno após dois anos e meio
"Chego mais experiente mentalmente, fisicamente. Amadureci também muito rapidamente, tive que amadurecer. Lá não tinha privilégio de entender, tinha que falar espanhol, português, inglês. Por mais que eu não entendesse nenhum dos idiomas. Sou um cara mentalmente diferente, mais acostumado a lidar com pressão do que antes. Fisicamente acho que estou no meu melhor momento. Pude jogar sem lesões, contribuir, fazer o que pude fazer. Não era fácil jogar num time com grandes estrelas, e eu jogava".
As conversas com o Flamengo
"Antes das férias, eu já tinha conversado com o Al-Hilal um ano atrás, que eu queria voltar. O clube falou que Jorge Jesus estava chegando e que contava muito com ele. No meio do ano passado, falei: quero voltar para o meu país e para perto da família. Jorge falou: não vai, mas no fim da temporada eu te prometo. Meu staff conversou com vários clubes, tanto lá como aqui, mas Deus foi muito maravilhoso e muito bom porque há uma semana o Marcos falou com o Du (empresário): "P..., mané, como é que estamos?". Falei: "Bora, não quero nem ouvir valor". Não somos nós quem escolhemos o Flamengo, é o Flamengo quem escolhe".
Número 30
"Vi aquele número e ninguém tinha ele. Eu não ia arrumar discussões ou algo com alguém. Quero vir, contribuir e ajudar. Número que me agradava e agradava ao clube"
Onde vai jogar?
"Joguei no Goiás pela direita, pela esquerda, mas eu prefiro pela esquerda. No Flamengo e no Hilal, joguei pelos dois lados. É correr, né? Pensar deixa pro Arrasca e pros outros meninos. Meu negócio é correr. Eu prefiro jogar pela esquerda, mas se tiver que jogar pela direita eu estarei sempre pronto para ajudar o Flamengo".
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