Bruno Henrique é investigado por possível participação em manipulação esportiva Gilvan de Souza / Flamengo

Rio - A Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) recebeu o inquérito da investigação sobre uma possível participação do atacante Bruno Henrique em um esquema de aposta. O jogador do Flamengo prestou depoimento no último dia 29 de maio e é investigado por supostamente ter forçado um cartão amarelo e beneficiado apostadores durante uma partida contra o Santos, pelo Brasileirão de 2023.
Com o inquérito em mãos, a Procuradoria tem 60 dias para decidir se denunciará ou arquivará o caso, de acordo com o "ge". Apesar disso, o jogador segue liberado para defender o Flamengo, já que não houve pedido de suspensão preventiva pelo STJD. Além de Bruno Henrique, outras testemunhas foram ouvidas no fim de maio.
Bruno Henrique foi indiciado no artigo 200 da Lei Geral do Esporte, que fala em "fraudar, por qualquer meio, ou contribuir para que se fraude, de qualquer forma, o resultado de competição esportiva ou evento a ela associado". A pena é de dois a seis anos de reclusão, e estelionato, que prevê pena de um a cinco anos de prisão.
Além de Bruno Henrique, também foram indiciados o irmão Wander Nunes Pinto Júnior, a cunhada Ludymilla Araújo Lima e a prima Poliana Ester Nunes Cardoso, que fizeram apostas no jogo em questão. Ainda há um segundo núcleo de apostadores formado por amigos do irmão do jogador do Flamengo que também foram beneficiados, de acordo com a investigação.
O atacante do Flamengo também pode virar réu na Justiça Comum, já que foi indiciado pela Polícia Federal em abril. O Ministério Público do Distrito Federal ainda vai decidir se oferecerá ou não a denúncia contra o jogador. A defesa chegou a solicitar o arquivamento do inquérito policial, mas o pedido ainda está sob análise.