Fernando Diniz, do Fluminense, é campeão da LibertadoresFoto: CARL DE SOUZA / AFP

Rio - O técnico Fernando Diniz exaltou o grupo após o Fluminense conquistar o título da Libertadores, na noite deste sábado, 4. Na entrevista coletiva, ele falou sobre a forma de jogar do time e destacou que o Tricolor soube jogar a decisão contra o Boca Juniors. Ele ainda citou como esta final foi diferente em relação às últimas e elogiou a equipe argentina.
"Um dos méritos do Fluminense que a gente teve nessa Libertadores de maneira especial é saber jogar com inferioridade numérica. A gente teve muitos jogos. A equipe tem uma proposta muito clara e ofensiva, de um jogo de aproximação, um jogo peculiar, mas que sabe se defender. Sempre é difícil você conseguir atacar e defender com a mesma eficiência, é o que a gente busca, é o sonho de todo treinador", disse Diniz.
"A gente soube jogar a partida. Foi uma partida diferente até de outras finais de Libertadores, das últimas, que os jogos foram muito amarrados, quase todos eles. Foi um jogo mais aberto, muito por conta da proposta do Fluminense, porque a gente já esperava que o Boca teria uma proposta mais defensiva, embora tenha um time bastante bom. É um time muito bem treinado para fazer esse tipo de jogo. Além da vitória do Fluminense, quem acompanhou a partida, foi uma partida extremamente emocionante e um bom espetáculo de se ver", completou.
O Fluminense foi campeão da Libertadores ao vencer o Boca Juniors por 2 a 1 no Maracanã, na noite deste sábado, 4, pela grande final. Cano e John Kennedy fizeram os gols da vitória do Tricolor. Já Advíncula marcou pelo lado da equipe argentina.
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Fernando Diniz, do Fluminense, comemora a conquista da Libertadores - Foto: CARL DE SOUZA / AFP
Fernando Diniz, do Fluminense, comemora a conquista da LibertadoresFoto: CARL DE SOUZA / AFP
DINIZISMO
"Enquanto eu estiver trabalhando, vou procurar seguir minhas as convicções. A minha maior convicção é fazer o máximo pelos jogadores".
JOHN KENNEDY
"Tem o poder de decisão grande, um menino que a gente acreditou muito aqui. É uma daquelas pessoas que o futebol perde aos 'borbotões', porque ele é um jogador desses que chegam precisando de muito afeto e de muito carinho, que às vezes o futebol não dá conta de absorver. Mas não dá conta de absorver porque muitas pessoas usam os jogadores como objeto desde quando eles chegam nas categorias de base, ninguém olha para suas carências afetivas e para o que ele precisa".
"E eu tenho como pilar central do meu trabalho olhar para os jogadores de uma maneira diferente. O John Kennedy, acho que se fosse em outro lugar ele não tinha conseguido ficar e fazer o gol do título. É um trabalho não só meu, mas de muita gente que soube acolhê-lo e proporcionar esse momento glorioso para ele e para o Fluminense".
MENSAGEM PARA O DINIZ 'DE ONTE, HOJE E AMANHÃ'
"O que fica é a gente sempre acreditar. Eu não considero que uma pessoa é um grande campeão só porque ganhou o título, não é esse meu conceito de pessoa campeã. Já tiveram muitos caras que foram campeões e não ganharam nenhuma taça. E gente que ganhou e que não mereceu tanto assim. Para mim o campeão é o que não desiste, que trabalha com honestidade, que trabalha com coragem. Se a gente não tivesse vencido hoje, as pessoas poderiam falar 'ah, não ganhou de novo', esses clichês meio fáceis de se fazer que nunca vão pegar em mim. Se eu não tivesse vencido, eu continuaria trabalhando para ganhar uma próxima vez".
"Ganhando, a gente tem que acordar no outro dia e procurar melhorar, porque a vida continua. Os campeonatos acabam, e a vida continua. Tenho muita admiração por aquelas pessoas que não desistem, muito mais por aquelas que ganham. Esse é o meu conceito de viver, é o que eu passo para os jogadores".