Publicado 13/08/2024 23:07
Paraná - Mano Menezes fez uma longa análise da derrota do Fluminense para o Grêmio por 2 a 1, nesta terça-feira (13), pela Libertadores. Ele elogiou o início do Flu em campo e explicou a escalação com três volantes. Aos 21 minutos do primeiro tempo, porém, o Tricolor perdeu Martinelli, que se machucou, e o técnico optou pela entrada do atacante Keno.
Publicidade"A gente iniciou muito bem o jogo, com a ideia que tínhamos, com Martinelli por dentro junto com André. E Alexsander por fora para fazer uma barreira para ajudar o Esquerdinha, por ser jovem, e pelo Grêmio ter característica de jogar pelo lado, com Pavón, depois o Soteldo. Entendemos que era necessário, pelo menos para o início de jogo. Ao mesmo tempo, tivemos saída para o ataque", disse Mano.
"Tivemos quatro vezes um 4 contra 3 que deveríamos ter aproveitado melhor para construir situações de gol, como fizemos em outras oportunidades. Poderíamos ter feito em número maior, porque jogamos bem para isso. Com a saída do Martinelli por lesão, trouxemos Alexsander para dentro e colocamos o Keno para ter velocidade também pelo lado esquerdo, da mesma maneira como tínhamos pela direita. Demoramos um pouquinho para entrar no jogo, e o Grêmio teve seu momento um pouco melhor", completou.
Entretanto, no segundo tempo, o próprio Keno se machucou. Assim, o treinador precisou gastar a segunda das três paradas logo aos 11 minutos da etapa complementar.
"Acho que as duas equipes voltaram para o segundo tempo buscando o resultado. A gente perdeu o Keno logo no início do segundo tempo, foi difícil para a gente. Se tivéssemos trocado o Keno no intervalo, eu teria mais duas situações mexidas (para fazer). Fiquei com uma só. Isso sim reduz... Já me obrigou a fazer duas alterações logo. Senão, ficaria numa situação muito difícil para frente depois", destacou o treinador.
O Fluminense saiu na frente com gol de Lima, aos 13 minutos do segundo tempo. Entretanto, a partir desse momento, viu o Grêmio crescer em campo e construir a virada com gols aos 29 e 32 minutos do segundo tempo.
"Saímos na frente com uma jogada muito bem trabalhada, uma definição muito boa de Lima. A partir daí, tivemos as nossas dificuldades maiores. Ao sermos pressionados, saímos do jogo. Saímos do jogo no sentido de não reter mais a bola na frente, não ter uma saída mais lúcida, que é necessária. Senão, o adversário te amassa. Aí pecamos nesse aspecto como equipe para encontrar as saídas, as soluções para essas horas que vão acontecer", pontuou Mano.
"Então, levamos essa situação do jogo para lá, acho o jogo está aberto. Não era o resultado que a gente queria, mas vamos trabalhar para fazer um jogo dentro do nível que fizemos aqui, com uma chegada mais forte de área, com definições de jogadas com mais fora para tentar construir nossa vitória e e a nossa classificação", finalizou.
Agenda
As duas equipes vão se enfrentar novamente na próxima terça-feira, às 19h (de Brasília), no Maracanã. O Grêmio tem a vantagem do empate. Uma vitória do Flu por um gol de diferença força os pênaltis.
Antes, o Tricolor foca no Brasileirão. A equipe de Mano Menezes volta a campo no próximo sábado, às 21h, para enfrentar o Corinthians no Maracanã. A partida é válida pela 23ª rodada do campeonato.
Veja mais declarações de Mano
ELOGIOS À PARTIDA
"Um jogo muito disputado, muito intenso, como geralmente são os jogos de Libertadores. Até nos clubes brasileiros baixa um espírito de Libertadores e todos fazem um jogo desse nível. Achei o jogo de muito bom nível nesse aspecto".
ENTRADA DE KENO
"A gente optou pela primeira formação porque achou ela adequada para começar o jogo. A opção que tínhamos era Keno para fazer uma saída forte de contra ataque. Quando o jogador não entra bem, é fácil depois do jogo fazermos análise pós-jogo. O Grêmio entrou com dois jogadores de flanco e não perdeu o controle do jogo no segundo tempo. Não é por ser de flanco ou por ser assim, é por às vezes você conseguir executar melhor, sair melhor. Existe várias formas de jogar futebol respeita-se todas e todas são boas".
VIRADAS E PSICÓLGICO DO TIME
"Eu penso sempre que é muito cômodo pro treinador dizer que é psicológico, sempre muito cômodo para o treinador dizer que são outras coisas. Acredito muito em trabalho, em parte tática, em organização da equipe. O adversário também tem suas armas e trabalha para usá-las. O futebol é aproveitamento. Fizemos uma jogada lindíssima no primeiro tempo, entramos cara a cara, a bola bate embaixo do goleiro e quase entra, mas não entra. A deles foi uma cobrança que não bateu em ninguém. É muito raro uma dessas bolas entrar direto, mas entrou".
"As duas foram feitas... Talvez a nossa até com mais qualidade para ser gol, mas futebol é assim. Acho que a equipe tem que ter personalidade para saber jogar com placar favorável, tem que ter ambição para saber jogar com placar favorável, mas também tem que ter organização para saber suportar a pressão que o adversário, ao estar com o placar desfavorável, vai impor. O Grêmio não vai aceitar derrota na Libertadores perdendo de 1 a 0 de maneira generosa. Vai fazer o que sempre fez na vida. Temos que saber suportar isso bem sem perder a capacidade de jogar".
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.