Mano Menezes, do Fluminense, no banco de reservas do MaracanãLucas Merçon/Fluminense FC
Publicado 18/10/2024 01:02
Rio - Mano Menezes exaltou a postura do Fluminense na vitória sobre o Flamengo por 2 a 0, na noite desta quinta-feira (17), pelo Brasileirão. Na entrevista coletiva após a partida, ele destacou que, às vezes, os clássicos são decididos pelos comportamentos e atitudes das equipes dentro de campo.
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"Eu acho que as equipes têm seus ciclos e suas características. O Fluminense se caracterizou há um tempo atrás de jogar de uma maneira que foi uma maneira muito vencedora, mas os adversários também são de grande qualidade. E o clássico às vezes se decide mais pela postura, pelo comprometimento, pelas atitudes do que, às vezes, pelo jogo jogado tecnicamente. Se tem um jogo que iguala muito as condições exatamente por causa dessa rivalidade da história dos confrontos é o clássico", disse Mano.
O treinador também explicou os ajustes que fez durante o intervalo. Após um primeiro tempo sem gols, o Fluminense deslanchou na etapa complementar e anotou os dois gols do jogo.   
"Tentamos melhorar nossa saída de bola, que estava muito difícil. Baixamos mais os dois laterais, que estavam se colocando à linha mais à frente. Estavam ajudando o adversário a nos marcar. Então, baixamos bem para ficar longe desses jogadores. Isso fez com que a gente tivesse uma saída mais qualificada, começaram a aparecer nossos volantes. O espaçamento entre as linhas dificulta para o adversário. A gente dificultou, porque já não conseguiu nos marcar tão bem. O gol deu uma confiança maior, é lógico", contou.
"Dura para mimem intervalo é exceção. É quando o time tem comportamento relapso. Não era o caso, não era esse o problema, era ter que encontrar soluções melhores para jogar. E o treinador tem a reponsabilidade de mostrar os melhores caminhos para a equipe", prosseguiu.
Outro tema da coletiva foi Jhon Arias. O meia-atacante esteve com a seleção da Colômbia na última data Fifa e foi titular na goleada por 4 a 0 sobre o Chile, na terça-feira. Ele iniciou a partida no banco de reservas, mas entrou em campo no segundo tempo.
"Se você acha que um jogador é tão importante, ele joga dois jogos num curto espaço de tempo como ele joga pela seleção, viaja tanta horas como ele viajou, vai colocá-lo desde o início do jogo para correr o risco de perdê-lo pelo resto da temporada? A gente não podia correr (esse risco). A tendência também que ele no primeiro tempo, quando os outros estavam zerados fisicamente, era ele sentir mais esse desgaste que vinha trazendo. Quando entrou, os outros já tinham 45 minutos jogados. Então, minimiza um pouco esse desgaste físico", destacou o técnico.
"A gente não falou com ninguém, só falou com ele porque eu acho que essa hora é a conversa que a gente tem que ter. Estrategicamente, também achei que para nós era importante ter na hora que o Flamengo provavelmente colocasse seus jogadores de hierarquia, que nós tivéssemos também jogadores de hierarquia para pôr, porque o jogo se decide muito nessas coisas do respeito que você tem, na qualidade e na trajetória dos jogadores que entram em jogos grandes como esse. Então, conversei com ele, achamos melhor deixar para a segunda parte e foi isso que a gente fez. Deu certo, né?", finalizou.
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