Renato Gaúcho, do Fluminense, no banco de reservas do Beira-RioLucas Merçon/Fluminense FC

Porto Alegre - Renato Gaúcho desabafou após a vitória do sobre o Internacional por 2 a 1 no Beira-Rio, na noite desta quarta-feira (30), que colocou o Fluminense em vantagem nas oitavas de final da Copa do Brasil. O resultado encerrou uma sequência de quatro jogos seguidos com derrotas depois do Mundial de Clubes. O treinador relembrou que o Flu, semifinalista do torneio, não teve um período para descansar e trabalhar como os outros times do futebol brasileiro.
"O problema no Brasil é que é difícil fazer futebol. Até três semanas atrás, nós tínhamos um grande plantel, uma excelente comissão técnica. Bastou voltar ao Brasil e ter três, quatro resultados negativos que ninguém é bom. Isso está acontecendo agora com a gente no Fluminense. Daqui a pouco acontece em outro clube", disse o treinador.
"Esse que é o problema do futebol brasileiro. Não é desculpa. Ninguém leva em conta que o Fluminense foi o último dos brasileiros a voltar, quase todos os clubes tiveram uma pré-temporada, recuperaram seus jogadores, descansaram e estão com tanque cheio. O Fluminense a cada três dias entra em campo, e é uma decisão todos os jogos. Então, da noite para o dia, todo mundo passou a não ser bom. É difícil fazer futebol aqui no Brasil. Amanhã, todo mundo volta a ser bom", completou.
O desabafo seguiu para outro tema: a relação com o presidente do clube, Mário Bittencourt. Renato Gaúcho rechaçou qualquer problema com o mandatário e ressaltou que ele é seu amigo.
"Nós temos um presidente que é nota mil, está sempre presente com a gente. É um amigo meu particular. Está sempre com a gente, na boa e na ruim. E tem gente que fica me colocando contra ele, que eu fico reclamando porque eu não tenho reforços. Converso com ele todo dia. É um amigo e um grande presidente", afirmou Renato Gaúcho.
"Daqui a pouco um lê aqui outro lê ali, e o torcedor acha que é verdade. É um monte de mentiras. Não tem o que fazer, fica inventando história. Aí ficam minando, minando e daqui a pouco o torcedor está acreditando naquilo que não é verdade", prosseguiu.
Renato Gaúcho também falou sobre o jogo. O Fluminense abriu o placar com Everaldo, antes dos dez minutos. Carbonero deixou tudo igual ainda no primeiro tempo, mas o centroavante apareceu para recolocar o Tricolor em vantagem.
"A gente sempre respeitou o Internacional, que tem uma grande equipe e um grande técnico, o Roger. É sempre muito difícil enfrentar o Internacional aqui ou em qualquer outro lugar. Mas falei para os meus jogadores que é uma partida de 180 minutos, que nós tínhamos que voltar a competir. Voltar a competir da maneira que nós competimos no Mundial, da maneira que principalmente nós ficamos concentrados durante os 90 minutos", pontuou o técnico.
"Enfrentamos o Cruzeiro, fomos melhores, mas perdemos o jogo. Enfrentamos o Flamengo, fomos muito bem, mas perdemos o jogo. Enfrentamos o Palmeiras, fomos melhores, mas perdemos o jogo. Faltou um pouquinho de concentração. O São Paulo foi melhor e mereceu ganhar da gente. Estava faltando concentração maior durante 90 minutos para que a gente não desse tantas oportunidades ao nosso adversário", completou.
Os dois times voltam a se enfrentar no dia 6 de agosto (quarta-feira), a partir das 21h30, no Maracanã. A partida é válida pelo jogo da volta das oitavas de final da Copa do Brasil. O Flu joga por um empate para avançar às quartas.
Antes, porém, a equipe de Renato Gaúcho foca no Brasileirão. O Fluminense vai enfrentar o Grêmio no próximo sábado (2), a partir das 21h, no Maracanã, pela 18ª rodada do campeonato.
"Hoje, enfrentamos uma equipe que eu conheço muito bem, muito boa. Aproveitamos as oportunidades que apareceram. Poderíamos, inclusive, ter tido um placar maior se tivéssemos um pouquinho mais de tranquilidade próximo e dentro da área do adversário. Enfim, o importante é vitória, é Copa do Brasil. São 180 minutos. Não ganhamos nada. Jogamos os primeiros 90 minutos. Agora vamos pensar no Grêmio no fim de semana e, a partir de segunda-feira, a gente volta a pensar no Inter", finalizou Portaluppi.