Renato Gaúcho explicou as substituições e ressaltou confiança em classificação do Fluminense no MaracanãMarcelo Gonçalves / Fluminense FC

Buenos Aires - Técnico do Fluminense, Renato Gaúcho analisou a derrota por 1 a 0 para o Lanús, na Argentina, nesta terça-feira (16), no jogo de ida das quartas de final da Sul-Americana. Além disso, o comandante explicou as substituições e comentou o gol sofrido em contra-ataque rápido nos últimos minutos.
"Tirei o Martinelli e coloquei o Bernal, ou seja, troquei um volante pelo outro. Senti que o Martinelli estava cansado e coloquei o Bernal no lugar dele. O Serna não estava em uma noite boa. Coloquei o Soteldo. Troquei um volante pelo outro e um atacante pelo outro. Depois, botei Cano no lugar de Everaldo e coloquei o Lucho, um meia ofensivo que sabe segurar a bola, porque pensei que poderíamos ganhar o jogo", declarou o treinador em entrevista coletiva.
"Infelizmente, no contra-ataque, deveríamos ter feito a falta e não fizemos, e tomamos o gol. É muito difícil jogar aqui. O jogo estava controlado, com poucas chances de ambos os lados. Foi disputado. E é uma partida de 180 minutos. Agora, vamos jogar 90 minutos em casa, com a nossa torcida. O que não podemos é nos descuidar", disse.
A partida decisiva será na próxima terça-feira (23), às 21h30 (de Brasília), no Maracanã. Para avançar à semifinal, o Fluminense terá que vencer por dois ou mais gols de diferença. Em caso de empate no agregado, a classificação precisará ser definida nos pênaltis.

Confira outras respostas de Renato Gaúcho

. Análise do jogo: "Nós tivemos 53% de posse de bola, mas eu não dou muita importância para a posse de bola. O Lanús pode ter atacado, mas chance de gol mesmo, praticamente as duas equipes não tiveram. Nós jogamos 90 minutos aqui na casa deles. Agora temos 90 minutos no Maracanã".

"Foi um jogo bastante disputado, bastante pegado, bastante tática durante a partida toda, mas poucas oportunidades para ambas as equipes. Infelizmente no final tomamos um gol no contra-ataque, nós não poderíamos ter tomado, mas futebol é assim mesmo. Lá no Maracanã eu pode ter certeza que a história vai ser bem diferente".
. Vantagem financeira sobre o Lanús: "Bom, se todo time rico tiver obrigação de ganhar, que não é o nosso caso, já que não temos dinheiro. Mas se todo time rico for obrigado a ganhar, não precisa mais ter campeonato. Dá logo a taça para o time que tem mais dinheiro. Ponto. Eu acho que essa lógica de vocês olharem para o lado que um clube tem mais dinheiro que outro, o Fluminense não tem dinheiro. O Fluminense está sempre com os pés no chão. Montamos um bom grupo, o Lanús chegou por méritos, da mesma forma que o Fluminense, e como falei para vocês, agora temos 90 minutos no Maracanã".
. Lavega e Lezcano: "O problema é que a cada três dias temos uma decisão, temos dez dias para poder ganhar dois jogos, toda hora é uma decisão. Então no momento estou dando mais atenção para os jogadores que têm o ritmo de jogo. No momento que eu cheguei eu falei para vocês, tanto o Lavega quanto o Lezcano, precisávamos corrigí-los, lapidá-los em certos momentos. E na hora certa as oportunidades iriam aparecer. Infelizmente para eles agora é botar nessa pegada em que estamos, a cada três dias com jogos pegados, tanto na Copa do Brasil como foi, no Campeonato Brasileiro, e mesmo na Sul-Americana. Sem o ritmo de jogo, daqui a pouco vocês vão criticar demais os jogadores".
"Então no momento que eu estou tendo paciência, com eles e com vocês, pode ter certeza que na hora certa vocês vão ter as oportunidades. E aí vocês vão poder observar. Agora o que não pode é vocês acharem que conhecem mais que o treinador que está lá todo dia com os jogadores. O treinador só pode colocar 11 jogadores em campo. Eu estou com outros jogadores em campo, eu estou com 30 e poucos jogadores, eu tenho dificuldades hoje em dia até para fazer o banco. Hoje, por exemplo, o Keno ficou fora do banco."
. Santi Moreno: "Estou tendo o maior cuidado com ele justamente por isso, para que eu não coloque em campo todos os jogos e daqui a pouco as pessoas comecem a criticá-lo. Nós estamos lapidando o Santi, é um jogador que precisa de tempo, precisa conhecer melhor o futebol brasileiro, precisa conhecer melhor os companheiros dele. Porque, daqui a pouco, ele vai começar a cair na desgraça de algum jornalista, você pode ter certeza. E aí vão dizer que não foi uma boa contratação como de repente acontece. E vocês viram que o Arias, os primeiros seis meses principalmente, ele sofreu. O Santi é colombiano também, ele vai sofrer, então por isso que estamos tendo o maior cuidado, justamente para que daqui a pouco as pessoas acharem que não foi uma boa contratação".