São Januário é a casa do VascoFoto: Daniel Ramalho/Vasco Da Gama

Rio - A Justiça do Rio aceitou o pedido do Vasco e derrubou, na tarde desta quinta-feira (29), a liminar que interditava São Januário. Com isso, o clube carioca poderá voltar a mandar seus jogos no estádio, mas ainda sem a presença de público.

O recurso apresentado pelo Cruz-Maltino pedia a liberação de São Januário sem qualquer tipo de restrição. No entanto, o desembargador José Roberto Portugal Compasso liberou apenas partidas com portões fechados.

Veja um trecho da decisão:

"A vedação da presença de torcedores/consumidores afasta, por si só e em elevado grau, os riscos descritos na inicial da ação civil pública e que serviram de fundamento para a douta decisão agravada.

Presume-se que o agravante dispõe de todas as autorizações exigidas em lei, uma vez que, evidentemente, a fiscalização por parte das autoridades administrativas deve ser contínua. A ausência de público permitirá a segurança dos profissionais que, eventualmente, vieram a atuar no estádio.

Nessas circunstâncias, para realização de jogos de futebol com 'portões fechados' não se vislumbra riscos de dano".

Na última segunda-feira (26), o Vasco foi obrigado a mandar o jogo contra o Cuiabá em outro local por conta da interdição de São Januário. A partida foi realizada no Luso-Brasileiro, estádio da Portuguesa, e o time da Colina venceupor1a0.
Clima de guerra

A derrota do Vasco dentro de casa para o Goiás, no último dia 22, que resultou no décimo jogo seguido sem vitória, provocou a ira dos torcedores e transformou São Januário em uma verdadeira praça de guerra. Logo após o apito final, objetos e sinalizadores foram atirados no gramado.

Fora do estádio, o cenário foi ainda mais caótico. Alguns torcedores chegaram a conseguir invadir o estacionamento e amassaram os carros de alguns jogadores e de um dos árbitros.
A nova comissão técnica do Goiás também passou por apuros. Após o apito final, os profissionais, incluindo o técnico Armando Evangelista, que não ficou à beira do campo por ainda não ter visto de trabalho, precisaram deitar no chão do camarote em que estavam para se proteger.