Sob comando de Fábio Carille, o Vasco perdeu a oportunidade de assumir a liderança isolada do Grupo GDaniel Ramalho / AFP

Rio - Técnico do Vasco, Fábio Carille analisou a atuação cruz-maltina no empate sem gols com o Lanús, em São Januário, nesta terça-feira (22), pela terceira rodada da fase de grupos da Sul-Americana. O treinador criticou a oscilação da equipe durante os 90 minutos e a falta de agressividade.
"Não me lembro de um jogo onde fomos lineares. Em relação ao primeiro tempo, que jogamos no campo ofensivo, com algumas finalizações, faltou isso no segundo. Circular mais e buscar o lado oposto. Talvez um pouco de nervosismo, impaciência, não tomar as melhores decisões e incomodar pouco o adversário", analisou o comandante. 
"Isso foi o que ficou mais na minha cabeça. Poderíamos ter paciência, fazer triangulação e entrar mais no campo ofensivo. Hoje fizemos um jogo duro, que sabíamos que tinha que ser assim. Para mim, no segundo tempo aceleramos muito. Nos perdemos um pouco", ponderou.
O Gigante da Colina teve controle na maior parte do confronto, mas não conseguiu assustar o adversário. Mesmo assim, o técnico reforçou que confia na classificação direta às oitavas: "Não foi um tropeço. O Lanús vai na altitude ainda. Só depende de nós. Temos que pensar no Brasileirão, depois na Copa do Brasil, mas estamos muito vivos dentro da competição". 
Com o empate, o Vasco perdeu a chance de assumir a liderança isolada do Grupo G - chegou aos cinco pontos e permaneceu em 2º na chave. Agora, o time focará na 6ª rodada do Campeonato Brasileiro. O próximo compromisso será contra o Cruzeiro, domingo (27), às 18h30 (de Brasília), no Parque do Sabiá. 

Confira outras respostas de Carille

. Garré de fora: "Ele é um meia que joga aberto. Ele é de construir. Parecido com o Adson. Mas não é um Coutinho, um Payet. O Nuno fez coisas boas de infiltração, de jogadas, então optei por fazer dois atacantes. Posso até ter ele por ali, se tiver tempo para trabalhar. Mas gosto dele construindo e dando passagem pelo lateral abrir, como o Gerson no Flamengo, o Veiga no Palmeiras. Vindo para dentro e deixando corredor para o lateral".
. Vaias da torcida: "Sobre as vaias, aconteceu com a gente ganhando e não poderia imaginar com derrota ou empate em casa, se com vitórias aconteceu isso. (A saída) É repetição de trabalho. Não adianta reclamar do calendário, é isso que nós temos. Não conseguimos trazer nada do jogo do Flamengo para cá. Precisamos do entendimento dos atletas e da comissão para ter os resultados que o Vasco merece".
. Situação de Adson: "Adson depende muito do que ele sente. É uma contusão muito chata. Paulinho (do Palmeiras) está passando por isso. Depende muito dele. Quando ele estiver sem dor, vai para campo e vai trabalhar. Ele tem que estar crescendo com relação a isso e é difícil de controlar. Não dá para dizer de minutagem. Vai estar à disposição quando fizer bastante treino. Tem dia que tem muita dor, tem dia que tem dor nenhum e temos que ter paciência para ter ele 100%".
. E David?: "David, se não me engano, pra junho começa a treinar com a gente. Penso que é para depois da parada do Mundial. Antes não vejo".