Em Guapimirim, quando há risco de enchente, a Defesa Civil Municipal dispara alertas; esta sirene está na ponte sobre o Rio SoberboFoto: O DIA - Arquivo
O que fazer em caso de temporais?
Fortes chuvas exigem medidas de segurança para evitar choques e perda de equipamentos
Guapimirim – Nos últimos dias, municípios fluminenses como Guapimirim, Magé, Teresópolis, Petrópolis, Duque de Caxias e Rio de Janeiro, entre outros, têm sido afetados por fortes temporais. Os rastros de destruição são os mesmos de outras ocasiões: ruas alagadas, deslizamentos de terra, queda de árvores, danos na rede elétrica e caos no trânsito. Apesar dessas situações ocorrerem inúmeras vezes, principalmente durante o verão, é sempre válido lembrar algumas medidas simples de segurança para evitar mais tragédias.
Em caso de inundações, deslizamentos de terra nas proximidades da residência ou até mesmo se houver risco de desmoronamento do imóvel, é importante acionar a Defesa Civil do seu município ou o Corpo de Bombeiros. Esses profissionais poderão orientar sobre o que fazer, conforme as circunstâncias, se o morador deve ou não permanecer no local, por exemplo.
Em caso de enchente, recomenda-se colocar documentos e objetos de valor em sacos plásticos para protegê-los. A medida pode ser necessária até mesmo caso o morador precise evacuar o imóvel junto com a família.
Durante as chuvas com raios ou trovões, especialistas em defesa civil e em eletricidade orientam a manter-se o mais longe possível de árvores, inclusive as caídas, e também de fios partidos em vias públicas.
Para se proteger de choques, recomenda-se também não carregar o celular ou qualquer outro equipamento, ademais de não encostar em postes de ponto de ônibus, de iluminação pública, semáforos, grades, portões, nada que seja metálico, por ser condutor de eletricidade.
Desligar aparelhos elétricos é uma das orientações de órgãos de meteorologia tanto como forma de prevenção contra choques quanto para evitar que os aparelhos queimem por descarga elétrica.
Mais chuva para Guapimirim
Em Guapimirim, apesar das chuvas dos últimos dias, principalmente a da última terça-feira (31), não houve registro de enchentes nem de danos materiais ou vítimas, segundo a Secretaria Municipal de Segurança, Ordem Pública e Defesa Civil.
Em 2021, a Prefeitura de Guapimirim, por meio da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos, começou a fazer um trabalho preventivo ao realizar a Operação Lixo Zero, de coleta de entulhos e galhos de árvores em diferentes bairros. O mutirão periódico ajuda a evitar que o lixo se acumule nos bueiros, o que dificultaria o escoamento da água em dias chuvosos.
Os 10 dias a seguir prometem ser de chuva para Guapimirim, exceto nos próximos dias 5 (domingo) e 9 de novembro (quinta-feira), segundo a Metsul Meteorologia.
Os temporais durante a primavera, no hemisfério Sul, seriam decorrentes do El Niño, que “persiste no Oceano Pacífico Equatorial”, com águas oceânicas mais quentes que o normal. O pico de intensidade está previsto entre outubro e dezembro. A tendência é que o fenômeno, que ocorre a cada 3 a 5 anos, em média, se arraste até o começo ou meado do outono de 2024.
Atualmente, o Brasil, um país com dimensão continental, é afetado por dois fenômenos climáticos: El Niño e La Niña.
No Sul do país, o El Niño tem provocado chuvas intensas, enquanto La Niña aumenta o risco de estiagem para determinados períodos, o que pode comprometer a agricultura.
Já no Norte e no Nordeste ocorre o oposto. O El Niño aumenta o risco de seca, enquanto La Niña traz chuvas.
Ontem (31), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) havia emitido alerta laranja, com duração de 24 horas, informando sobre o risco de temporais em Guapimirim e em outras cidades brasileiras localizadas no Espírito Santo, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro e São Paulo.
Para hoje (1), o alerta do Inmet para as cidades fluminenses mencionadas é amarelo, com “potencial perigo” de chuvas, menos gravoso do que o de cor laranja. O aviso tem duração de 24 horas.
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