Reaproveitamento de material fresado - recebeu o prêmio InovaInfra-Inovação na Engenharia e Infraestrutura. A cerimônia aconteceu no último dia 18/04, em São Paulo.Foto/ Divulgação (CCR)

Itaguaí- O novo contrato de concessão da CCR RioSP prevê um investimento de quase R$ 15 bilhões em novas tecnologias e em obras de infraestrutura que vão proporcionar mais segurança e fluidez no tráfego das rodovias Via Dutra (BR-116) e da Rio-Santos, a BR-101. O investimento na transformação da mobilidade das pessoas que passam por esses caminhos vai seguir os mais rígidos parâmetros de ESG que representa a sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa e cuidado com o meio ambiente.

Um dos cuidados, por exemplo, é a utilização de técnicas de reaproveitamento de material da construção civil e de reaproveitamento de material fresado nas novas obras que irão acontecer.

Esse último – reaproveitamento de material fresado - recebeu o prêmio InovaInfra-Inovação na Engenharia e Infraestrutura. A cerimônia aconteceu no último dia 18/04, em São Paulo. O prêmio InovaInfra reconhece projetos inovadores desenvolvidos e aplicados em obras por concessionárias ou empresas de engenharia.

Material fresado e seu reaproveitamento
O estudo premiado consistiu na utilização de material fresado – britado e fracionado -oriundo da manutenção do pavimento da Rodovia Presidente Dutra. Este material foi misturado com um agente rejuvenescedor produzido a base de óleos vegetais.
A etapa inicial do estudo premiado ocorreu durante o ano 2018 no Centro de Pesquisas Rodoviárias (CPR), cujo laboratório fica em Santa Isabel (SP), sede da CCR RioSP. Após finalizar a etapa laboratorial executou-se um trecho experimental no acostamento do km 166 da pista sentido São Paulo, na Rodovia Presidente Dutra, próximo ao município de Jacareí. O objetivo foi constatar os resultados obtidos no laboratório e acompanhar o desempenho deste material em escala real.

Após 4 anos e meio de monitoramento desse trecho experimental, não foi verificada nenhuma manifestação patológica, constatando, assim, a viabilidade técnica e econômica, que permite reduzir os custos em até 40%, comparado com a técnica de utilizar mistura asfáltica quente nova. Além disso, a técnica proporciona uma série de vantagens para o meio ambiente, sendo a principal delas, a reutilização do material fresado de forma correta, a redução de emissão de gases de efeito estufa e a diminuição de explorar novos recursos naturais.

“O emprego dessa técnica, além de reaproveitar, não gera novos resíduos da construção civil, tornando a manutenção dos pavimentos mais sustentável”, explica Luis Miguel Gutierrez Klinsky, Gerente Engenharia Projetos Pavimentos da CCR RioSP.