O diretor Ricardo Santiago respondeu a críticas e perguntas dos vereadores Foto: Tiago Ferreira

Macaé - O diretor de contratos da BRK Ambiental, Ricardo Santiago, foi convidado nesta terça-feira (15), a ocupar o Grande Expediente da Câmara Municipal de Macaé. A sessão, atendendo a um requerimento do Presidente Cesinha (Solidariedade) e Reginaldo do Hospital (Cidadania), teve o intuito de esclarecer os transtornos ocasionados em ruas da cidade após operações da concessionária de saneamento, além de outros problemas relacionados.
Durante o encontro, ficou evidente a insatisfação dos vereadores em relação aos impactos causados pelas obras da BRK e ao contrato vigente. Cesinha lamentou a falta de uma agência reguladora para fiscalizar a concessionária e referiu-se a um contrato desvantajoso que tem se estendido por anos, atravessando diferentes gestões municipais.
Os questionamentos dos vereadores envolveram diversas questões, incluindo a qualidade da recomposição do pavimento após as intervenções. O diretor Ricardo Santiago explicou que a profundidade das valas dificulta a reposição exata do pavimento original. Ainda assim, os parlamentares expressaram preocupações com a qualidade dos materiais utilizados.
A falta de planejamento e comunicação adequada entre a BRK e as secretarias de Mobilidade Urbana e de Obras também foi levantada pelos vereadores. A interferência das obras da concessionária em vias que logo são reabertas para a colocação de dutos gerou críticas sobre o planejamento das intervenções.
O diretor respondeu que o planejamento é comunicado às pastas municipais e destacou a paralisação dos serviços devido a um aditivo contratual pendente. A concessão da BRK também foi questionada pelos vereadores, que alegaram que a empresa é uma das líderes em reclamações e cobranças no município.
Diversos vereadores participaram dos questionamentos, incluindo Marlon Lima (PDT), Paulo Paes, Edson Chiquini (PSD), Luiz Matos (Republicanos) e Amaro Luiz (PRTB), este último presidiu uma Comissão Especial de Investigação (CEI) da BRK, que não pôde apresentar seu relatório devido a medidas do Ministério Público.