Meta do Nutriafro é fomentar o conhecimento da comunidade escolar sobre a diversidadeFoto: Divulgação

Macaé - A Secretaria de Educação de Macaé formalizou a criação do projeto Nutriafro com a publicação da Portaria 34 na última quinta-feira (21). Esse é o marco inicial para que se torne uma lei e uma política pública municipal. O Nutriafro foi lançado na Rede Municipal de Ensino no início de agosto e recebeu uma calorosa acolhida por parte dos alunos. O projeto estabelece um Cardápio da Alimentação Escolar que incorpora ingredientes exclusivos das dietas dos povos africanos e indígenas.
Essa iniciativa é ancorada na Lei Federal 10.639/2003, que torna obrigatório o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira no currículo escolar oficial, além da Lei Federal 11.645/2008, que determina o estudo da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena. O Nutriafro tem como principal objetivo promover o conhecimento dentro da comunidade escolar sobre a riqueza da culinária ancestral e o papel crucial desempenhado pelos povos africanos e indígenas na construção da identidade brasileira.
No cerne do Nutriafro está a aspiração de construir escolas que sejam antirracistas. O cardápio especial agora faz parte do calendário mensal de todas as escolas municipais, oferecendo não apenas uma experiência gastronômica única, mas também um mergulho nos saberes culturais. Em dias dedicados às culturas afro-brasileiras e indígenas, cada escola implementa atividades pedagógicas específicas para valorizar essas origens fundamentais para a identidade nacional. Dessa forma, o Nutriafro se consolida como uma política afirmativa nas relações étnico-raciais dentro da rede municipal.
A Secretaria Municipal de Educação trabalha em estreita colaboração com a Secretaria de Políticas de Igualdade Racial de Macaé para promover essa e outras ações que reforcem práticas antirracistas. Este projeto pioneiro demonstra o compromisso de Macaé em criar um ambiente educacional inclusivo e enriquecedor.