Destaques da Cozinha Show apresentam receitas exclusivas e interagem com o público na orla neste sábadoFoto: Livio Campos
Macaé celebra a união de sabores e ritmos no Festival de Gastronomia e Cultura
Edição deste ano traz aulas-show, pratos especiais e shows que valorizam a tradição local e nacional
Neste sábado (6) e domingo (7), Macaé se despede da 14ª edição do Festival de Gastronomia e Cultura, que transformou a Praia dos Cavaleiros em uma verdadeira vitrine de sabores, aromas e encontros inesquecíveis. Durante quatro dias, a orla recebeu visitantes de toda a região em busca de mais do que refeições: a experiência de compartilhar memórias, música e cultura em um ambiente acolhedor.
O sábado começa na Cozinha Show, espaço onde a culinária ganha voz e história. O dia terá desde o café especial do Caparaó, contado pelos produtores Joabe Dutra e Patrick Paes, até o tacacá amazônico da chef Adriana Veloso, que resgata tradições do Norte do Brasil. Mais tarde, o pizzaiolo Jaqueson Dischoff apresenta o segredo da fermentação natural, enquanto a confeiteira Patrícia Petersen encerra a tarde revelando o processo artesanal de transformar cacau em chocolate. À noite, chefs premiados sobem ao palco para preparar pratos que unem técnica, emoção e simplicidade.
A música embala cada momento. No Palco Bico da Coruja, grupos locais prestam homenagem à cultura de botequim com clássicos do samba. A Orquestra da Escola Municipal de Artes emociona com seu repertório e, mais tarde, DJs revezam-se nas duas pistas, garantindo energia até a madrugada.
O domingo, último dia do festival, reserva encontros especiais. A Cozinha Show recebe o consultor Marcelo Marani, que fala sobre os desafios e soluções para o crescimento gastronômico em tempos difíceis. Em seguida, pratos como o arroz caldoso de cupim e a canjiquinha mineira com bochecha de porco conquistam o público pelo sabor e pela memória afetiva. No palco cultural, o chorinho dá o tom de despedida, reforçando que Macaé também respira música e tradição.
Mais do que um cardápio diversificado, o evento é um reflexo da economia criativa que cresce na cidade. Restaurantes locais ganharam destaque, produtores regionais mostraram a força do trabalho artesanal e visitantes provaram que turismo e gastronomia caminham lado a lado no desenvolvimento econômico.
Histórias pessoais marcaram a edição. Uma criança que experimentou polenta pela primeira vez saiu sorrindo, dizendo que “foi uma boa primeira vez”. Moradores antigos se emocionaram ao sentir o sabor do torresmo com geleia de limão, lembrança viva das cozinhas de família. Para muitos, cada prato servido no festival foi mais do que comida: foi a chance de reviver memórias, de se reconhecer em tradições e de celebrar a cidade onde vivem.
O Festival de Gastronomia e Cultura termina neste domingo, mas o impacto permanece. Na orla, nos restaurantes, nas cozinhas de casa e nas conversas que ainda ecoarão, ficará a certeza de que Macaé mostrou, mais uma vez, que a boa mesa é também lugar de encontro, afeto e futuro.

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