Magé é referência em alfabetização e letramento de alunos surdosGilson Costa Jr.
“Nosso trabalho de inclusão é um desafio muito grande e o nosso atendimento educacional especializado tem por objetivo integrar esse aluno aos colegas e à sociedade. Todos os alunos surdos matriculados têm direito a esse atendimento especializado no contraturno, onde são alfabetizados na linguagem de sinais e na sala regular eles têm o intérprete auxiliando. Esse trabalho vai além da sala de aula, levamos esse aluno a atividades culturais como circo e teatro, para inseri-lo na sociedade”, explicou Maria Rita Luzório, diretora do Departamento de Ensino de Magé.
Hoje com 14 anos, o Victor Hugo iniciou os estudos na rede municipal de Magé, sempre com o suporte da sala de recursos. Há alguns anos precisou se mudar, mas em sua nova cidade não encontrou apoio. Sua avó, Simone Rodrigues, decidiu então voltar a morar em Magé e inseri-lo no projeto de Alfabetização e Letramento para Surdos em Magé.
“Eu mudei para uma cidade, mas lá não tinha o ensino de Libras, então ele ficou bem frustrado. Com isso, tive que retornar para Magé porque aqui tenho todo o apoio e agora não saio mais daqui. Hoje ele é um menino alegre, que faz de tudo, joga bola aqui na quadra da escola. É uma criança normal graças a essa equipe que se faz presente na minha vida”, agradeceu Simone.
A Anne Caroline Alves é ex-aluna da rede municipal mageense e contou com o suporte da Sala de Recursos. Recentemente recebeu um laudo que indicava que seu filho João Vitor está perdendo a audição. Para ter uma estratégia de ensino diferenciada, também resolveu colocá-lo no projeto.
“Quando eu era mais nova, me matriculei em uma escola que não tinha intérprete. Era muita bagunça e eu não gostava de ir. Minha mãe conversou com a diretora e ela indicou essa escola aqui em Piabetá, eu fiquei admirada porque tinha intérprete, fiquei muito feliz e foi muito bom para minha autoestima. Sobre o João Vitor, eu percebi que também estava com dificuldades e decidi matriculá-lo aqui também. Na outra escola ele não gostava de ir, agora está amando vir para cá”, se emocionou Anne.
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