Exposição 'Minhoca' em ItaipuaçuFoto: Marcos Fabrício

Maricá - A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Cultura, inaugurou neste sábado, 04/03, no espaço Titocar, no Recanto (Itaipuaçu), a exposição “Minhoca”, que reúne obras de arte de mais de 40 artistas maricaenses e abriga diversas linguagens artísticas, como memórias ancestrais, luta de gênero e identidade do território maricaense. A mostra é gratuita, destinada a pessoas de todas as idades e está aberta à visitação, das 12h às 21h, até o dia 12/03.
Na abertura, uma feijoada foi servida para os artistas locais e para todos que passaram pelo local. Entre os presentes, muitos artistas que tinham suas obras expostas e pessoas que de alguma forma têm suas vidas ligadas à arte, como a conselheira de Artes Plásticas de Maricá, Camila da Cunha, 32 anos.
“Uma das funções dos conselheiros é justamente promover um circuito com a sociedade civil artística, então a gente quis fazer uma exposição pra representar os mais de 80 artistas plásticos que existem na cidade. A gente se baseou num cadastro de artistas e quem se inscreveu participou”, explicou.
Coordenadora do Patrimônio Histórico e Cultural de Maricá, Jéssica da Matta também esteve presente e falou sobre a importância do movimento.
“Poder fomentar a arte local, os artistas e provar a importância deles para a cidade e mostrar como isso pode ser um incremento na economia, trazendo visitantes e turistas. Além disso, a gente precisa se conhecer e saber que aqui tem artes de qualidade. Não precisa ir lá pra fora para conhecer”, disse.
Rosana Soares, 31 anos, de Araçatiba é a autora de uma tela que está exposta no local e disse que a oportunidade é fundamental para os artistas.
“Eu acho que não só para mim, mas para todo artista a importância é a gente sair do nosso ateliê e mostrar um pouco o que a gente pensa, o que a gente sente e como a gente enxerga mundo, porque a nossa linguagem fala com outras pessoas. Por meio da arte, a gente leva um pouco da nossa expressão. O meu trabalho fala muito sobre isso, sobre esse momento de pandemia a superação e todos os processos que eu passei, que outras pessoas também passaram”, explicou Rosana.
Para Victor Pessôa, 33 anos, de Itaipuaçu, o mais relevante na exposição não era sua obra em si, mas o fato de realmente reunir várias obras de arte.
“Eu acho que qualquer contato, mesmo quando você conhece alguém, por mais que não leve uma relação à frente, só de estar em contato já é um engrandecimento pessoal. Enfim, eu acho que é isso que faz muito da gente ser humano, ter contato com subjetividades e a obra em si tem a sua vida e é uma subjetividade própria. Por isso que eu não acho relevante a minha obra. A minha é só mais uma dentro de um monte”, justificou.
Vale destacar que “Minhoca” é uma exposição coletiva foi concebida a partir da chamada aberta e do mapeamento de artistas da cidade de Maricá, proposto pela câmara setorial de artes plásticas. A mostra homenageia todos que permanecem construtivos.