Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e CaribenhaFoto: Clarilod Menezes

Maricá - A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria Participação Popular e Direitos Humanos, em parceria com as secretarias de Cultura, Políticas de Defesa dos Direitos das Mulheres e da Coordenadoria de Políticas Públicas para Igualdade Racial, promoveu na terça-feira (25/07) diversas atividades em comemoração ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, celebrados anualmente no dia 25 de julho.
A abertura do evento contou com apresentação de roda de Xirê e Feira Afro com artesanato, gastronomia e moda, na Praça Orlando de Barros Pimentel, no Centro. Ainda foram realizadas pinturas corporais africanas.
A coordenadora de Políticas Públicas para Igualdade Racial, Valesca de Souza, destacou a importância da mulher negra.
“Esse evento foi pensado, principalmente, para chamar a atenção para a questão das mulheres que estão batalhando e não conseguem seu espaço na sociedade, um espaço profissional. É muito importante valorizar as mulheres negras com essa feira, que movimenta o black money. O evento foi pensado para dar a visibilidade que a gente ainda não tem. As mulheres negras estão na classe social que recebe menos salário e ainda sofre violência de todos os tipos, entre essas, as obstétricas que nos chamam a atenção. Somos fortes, somos poderosas, somos guerreiras e podemos tudo”, afirmou Valesca.
A secretária de Políticas de Defesa dos Direitos das Mulheres, Luciana Piredda, falou da integração das secretarias na comemoração do Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.
"A importância desse dia para nós é grande, é um dia de luta, um dia de resistência das mulheres negras que sempre tiveram suas histórias apagadas da nossa sociedade. Então, é um dia para dar visibilidade, mostrar a beleza e a força, a importância da cultura afrodescendente no nosso país e discutir temas como racismo e o feminismo negro”, argumentou Piredda.
Foi realizada ainda uma roda de conversa com a gerontóloga Alessandra Gabriela Medeiros Guedes Teixeira, com o tema: Saúde das Mulheres Negras e encerramento com Mulheres da União de Maricá.
A animação do turno da noite ficou por conta da roda de Jongo - que é uma dança de origem africana -, apresentação do grupo de percussão, canto e dança Ilê Ayê com a temática ‘Deusa do Ébano’, exibição do documentário em homenagem ao Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, maquiadoras da Mary Kay fazendo maquiagem nas mulheres presentes, coffee-break, nhoque de taioba e feijão guandu, música com Dalva Alves e muito mais.
Para Mariana Monteiro, 33 anos, moradora de Jacaroá, o evento pôde proporcionar alegria e celebração.
"Estar participando desse evento, poder me maquiar e me sentir bela e representada aqui, é sensacional! Estou muito feliz com essa oportunidade", comentou a diarista.
Sobre a data
O Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha foi criado pela Organização das Nações Unidas (ONU), durante o 1º Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-Caribenhas, em Santo Domingo, na República Dominicana, no ano de 1992.
"O dia tem como objetivo lembrar a luta e a resistência dessas mulheres contra racismo, o machismo, a violência, a discriminação e o preconceito. Esse evento é muito importante para dar voz às mulheres negras que estão aqui presente, em casa ou no trabalho. Uma data muito importante!", disse o secretário de Cultura, Leandro Dasilva.