Rio - Entre as 111 vítimas da queda de um avião em Cuba, na última sexta-feira, está o médico cubano Jorge Alberto Borrego Cabrera, que trabalhava desde 2014 na cidade de Presidente Castelo Branco, no Paraná, Sul do Brasil, dentro do programa Mais Médicos.
Segundo informações da prefeita de Presidente Castelo Branco, Gisele Faccin Gui, o médico estava de férias em Cuba. Era esperado que ele retornasse em menos de um mês ao município, onde atuava como médico da família.
"Dr. Jorge chegou em nossa cidade através do programa Mais Médicos em 2014 e aos poucos foi conquistando a simpatia e amizade de todos nós. Trabalhava com dedicação na equipe de saúde da família e deixará com certeza muitas saudades e lembranças em todos que em algum momento se depararam com ele e seu atendimento", escreveu a prefeita em seu perfil no Facebook.
Em nota, a Brigada Médica Cubana no Brasil lamentou a morte do profissional, que no Paraná cumpria "com excelente conduta sua missão", diz o texto.
Ele consta na lista oficial de passageiros que estavam a bordo do Boeing 737 alugado pela Cubana de Aviación e que pertencia à companhia aérea mexicana Global Air. Ao todo, viajavam na aeronave 102 cubanos e 11 estrangeiros, entre os quais mexicanos, argentinos e saarauís. Três mulheres cubanas sobreviveram ao acidente e encontram-se hospitalizadas.
Cubanos no Mais Médicos
Atualmente, 8.557 médicos cubanos atuam no Brasil dentro do Mais Médicos, sendo a principal nacionalidade no programa. Eles trabalham no país por intermédio de um convênio com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), firmado em 2013 e renovado pelo Ministério da Saúde duas vezes, a mais recente em março deste ano.
Lançado em 2013, o Mais Médicos tem como objetivo levar médicos a localidades onde há escassez ou mesmo ausência de profissionais de saúde para atendimento à população, como nas periferias de grandes metrópoles, cidades do interior e comunidades indígenas.