Guadalajara - O julgamento do brasileiro François Patrick Nogueira pelo assassinato de seus tios e primos em 2016 na cidade de Pioz, em Guadalajara, na Espanha, onde moravam foi marcado para entre os dias 24 e 31 de outubro deste ano. As informações são do jornal espanhol ABC.
De acordo com o documento judicial, o julgamento será realizado em sessões de manhã e à tarde no Tribunal do Júri.
A acusação quer que Patrick seja julgado por quatro assassinatos cometidos em agosto de 2016. Já a defesa de Patrick Nogueira qualifica os fatos como duas acusações de assassinato, sobre a morte dos dois menores, e duas acusações de homicídio, que dizem respeito às outras duas mortes, alegando as atenuantes de transtorno mental e a confissão do crime.
O júri popular será composto por 9 pessoas e duas reservas pertencentes à província de Guadalajara, e estima-se que no julgamento haverá numerosas provas forenses, bem como testemunhas que serão convocadas.
A ordem judicial contém os fatos que serão levados ao julgamento do Júri, bem como a pertinência das evidências propostas pelas partes. Os feitos do assassino foram descritos em vinte pontos.
O júri terá que se pronunciar sobre a maneira como ele matou sua tia Janaina na frente de dois primos de dois anos 'paralisados de medo'; sobre como ele esquartejou os corpos de seus parentes, colocou-os em sacos e os selou; as feridas infligidas em cada uma das vítimas; as mensagens de Whatsapp trocadas com seu amigo Marvin e as fotos dos cadáveres enviadas.
François Patrick Nogueira admitiu em depoimento à Justiça espanhola que planejou o crime e que decidiu matar toda a família porque matar apenas o tio dele "parecia cruel".
Ele afirmou ainda que sentiu "necessidade de matar". A declaração foi dada à Justiça de Guadalajara e a emissora de TV espanhola Antena3.
De acordo com a imprensa, Patrick negou que havia agido por impulso e disse que foi até a casa da família do tio com a intenção de matar todos os parentes.
Os corpos de Janaína Diniz, Marcos Nogueira e das duas crianças foram achados esquartejados em casa em setembro de 2016, depois que um vizinho alertou sobre o mau cheiro perto da residência.