Por

'Basta de ajuste para os pobres" foi o coro da multidão que marchou em Buenos Aires contra o plano de austeridade do governo de Mauricio Macri, apresentado com o fim de adiantar o auxílio do FMI para estabilizar a economia argentina, a caminho da bancarrota.

Jorge Abona, 28 anos, professor da periferia de Buenos Aires explicou à AFP qual o propósito da manifestação: "Queremos pedir a este governo que freie o plano de ajuste. Cada vez mais aparecem pessoas que estão sem trabalho em busca de um prato de comida para seus filhos".

O governo negocia os termos de um severo ajuste para reduzir seu déficit fiscal de 3,9% em 2017 a zero já em 2019. Essa foi a promessa feita ao FMI em troca do adiantamento de cerca de US$ 35 bilhões do crédito de US$ 50 bilhões em três anos, previstos em acordo assinado em junho.

Com a queda da produção industrial e a inflação anual projetada em 40%, o ministro da economia, Nicolás Dujovne, admitiu que "a recessão será mais forte do que o esperado". "Se pagamos a luz, não comemos", dizia um cartaz erguido por uma manifestante. Na semana passada, Macri declarou que em decorrência da crise "a pobreza aumentará".

Você pode gostar
Comentários