Adélio se recusa a receber tratamento para a doença com a qual foi diagnosticado: transtorno delirante persistente - Divulgação
Adélio se recusa a receber tratamento para a doença com a qual foi diagnosticado: transtorno delirante persistenteDivulgação
Por ESTADÃO CONTEÚDO

Minas Gerais - A Justiça Federal em Juiz de Fora autorizou que um psiquiatra indicado pela defesa de Adélio Bispo de Oliveira faça uma avaliação da saúde mental do agressor confesso do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL). De acordo com a decisão do juiz Bruno Savino, da 3ª Vara Federal, publicada nesta quarta-feira, o laudo do médico particular poderá servir para a defesa do pedreiro entrar com um novo pedido de "instauração de incidente de insanidade". Trata-se de um exame médico-legal do investigado, previsto no Código de Processo Penal.

O primeiro pedido de instauração de incidente de insanidade foi negado por Savino, que avaliou que não existiam nos autos indícios da alegada insanidade do investigado. Por isso, foi facultada à defesa a apresentação de laudo médico particular a fim de embasar novo requerimento de instauração de incidente de insanidade.

O ofício foi encaminhado pela Justiça à direção da Penitenciária Federal em Campo Grande, onde Adélio está preso. O objetivo é que seja agendado dia e horário para a realização da consulta psiquiátrica pelo médico indicado pela defesa.

Quando houve o primeiro pedido de incidente de insanidade, o Ministério Público Federal (MPF) se manifestou pelo indeferimento. "Como ressaltado pelo MPF, não há laudos, declarações, recibos de honorários ou qualquer outro documento idôneo. Sequer há menção a nomes de profissionais envolvidos ou locais do alegado tratamento", afirmou o juiz, na ocasião.

Na segunda-feira, 17, Adélio foi ouvido pelo delegado regional de Combate ao Crime Organizado de Minas da Polícia Federal, Rodrigo Morais. A PF trabalha na análise do material apreendido com o esfaqueador e nos dados das quebras de sigilo feitas com autorização da Justiça.

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