- Banco Mundial/ONU
Banco Mundial/ONU
Por O Dia
Rio - Nesta sexta-feira, o Dia Mundial Sem Tabaco, uma forma de lembrar a sociedade sobre os malefícios do vício. Entre as doenças desencadeadas pelo tabagismo, destaca-se o câncer de pulmão, a segunda neoplasia mais comum entre homens e mulheres no Brasil, segundo o Inca.

Somente em 2018, foram mais de 31 mil novos casos de câncer de pulmão no Brasil. O tabagismo está associado à origem de 85% deles, ou seja, estima-se que cerca de 26 mil dos diagnosticados eram fumantes. Levantamento da instituição mostra que o usuário de produtos originados do tabaco é exposto continuamente a mais de 4 mil substâncias tóxicas, muitas delas cancerígenas.

Apesar de o percentual de fumantes em nosso país ter diminuído nos últimos anos, o Brasil ainda tem cerca de 22 milhões de fumantes. Mesmo com um cenário pouco mais otimista, os dados em relação ao tabagismo ainda são alarmantes. Cerca de 90% dos fumantes adquirem o hábito por volta dos 19 anos de idade. Segundo o Banco Mundial, por dia, 100 mil jovens incorporam o hábito de fumar em sua rotina, sendo que 80% deles vivem em países em desenvolvimento, como o Brasil.

Além dos riscos para os fumantes conscientes, pesquisas comprovam ainda que o tabagismo passivo também é visto como causa de doenças. Para ter uma ideia, estudos apontaram que o risco de câncer de pulmão em não-fumantes cronicamente expostos ao tabaco aumenta em 30%.

Sobre o câncer de pulmão

O câncer de pulmão se divide em dois tipos principais: não pequenas células, cerca de 85% dos diagnósticos, e pequenas células, 15% dos casos. Os dois tipos de câncer de pulmão têm características próprias de crescimento e de disseminação, assim como de tratamento que, graças ao avanço da ciência, tem mostrado melhores resultados.

Contudo, a probabilidade de mortalidade por conta da patologia entre fumantes é maior. O risco é dividido pelo número de cigarros fumados: de 1 a 14, a chance é de 8 vezes; de 15 a 24, são 14 vezes; e acima de 25, atingem 24 vezes mais do que aqueles que nunca fumaram. Parar de fumar, contudo, aumenta em 9 anos a sobrevida médiaa.

"É por isso que recomendamos que os tabagistas frequentem ativamente o médico. Estar em contato com o profissional favorece o diagnóstico precoce", disse Maria Augusta Bernardini, diretora médica da AstraZeneca do Brasil. "É o rastreamento em estágios iniciais o maior responsável pela efetividade do tratamento, o que pode dar maior qualidade e tempo de vida".