Imagem computadorizada do coronavírus - Reprodução/ Internet
Imagem computadorizada do coronavírusReprodução/ Internet
Por IG - Último Segundo

Cientistas descobriram uma nova mutação do Covid-19 que é mais contagiosa do que a original e ainda deixa o corpo contaminado suscetível a uma segunda infecção da doença. Segundo informações do jornal Los Angeles Times, a nova cepa do Covid-19 foi identificada inicialmente em fevereiro na Europa, antes de se espalhar para outras regiões do planeta, como a costa leste dos EUA.

O estudo, que contou com pesquisadores do Laboratório Nacional de Los Alamos, no Novo México (EUA), e das universidades de Duke (EUA) e Sheffield (Inglaterra), foi publicado no site BioRxiv, utilizado pelos cientistas para compartilhar conteúdos sobre o novo coronavírus (Sars-Cov-2).

Segundo os pesquisadores, eles resolveram divulgar os resultados do estudo por sentirem uma "necessidade urgente de um aviso prévio" para o fato de que muitas das pesquisas realizadas atualmente estão focando na forma original do vírus, o que pode ser um problema no futuro, quando a busca por tratamentos não conseguir combater essas variações.

A mutação, que ganhou o nome de D641G, afeta a parte exterior do vírus, que permite que ele se "infiltre" nas células respiratórias do corpo hospedeiro.

"É preocupante ver a forma mutante do vírus surgiu tão rapidamente e se tornou a dominante na pandemia. Quando um cenário assim acontece, o vírus acaba se tornando ainda mais contagioso", afirmou Bette Korbet, biólogca computacional em Los Alamos e uma das líderes do estudo.

O estudo utilizou dados de mais de 6 mil amostras do novo coronavírus de todo o planeta e conseguiu identificar ao menos 14 mutações, sendo que a D614G foi o foco principal das pesquisas. E, apesar dos resultados obtidos até o momento, os pesquisadores ressaltam que ainda não é possível afirmar que esta nova cepa do Covid-19 seja mais mortal do que a original.

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