Cestas básicas são preparadas na Mesquita da Luz, local que este ano não abrigará confraternização por causa do isolamento social  - Divulgação
Cestas básicas são preparadas na Mesquita da Luz, local que este ano não abrigará confraternização por causa do isolamento social Divulgação
Por Waleska Borges

A pandemia do novo coronavírus mudou hábitos, mas não impediu que muçulmanos ao redor do mundo comemorassem o sagrado Ramadã. No nono mês do calendário islâmico, os muçulmanos jejuam durante o dia, rezam, fazem doações e celebram a revelação do Corão (ou Alcorão), o livro sagrado, ao profeta Maomé. No Rio, algumas famílias afetadas pela pandemia receberam cestas básicas doadas pela Mesquita da Luz, em Vila Isabel.

Com as mesquitas fechadas, a tradição está sendo seguida de casa. A Organização Mundial da Saúde (OMS) chegou a pedir que certas práticas comuns no Ramadã, entre elas, as orações em mesquitas e reuniões familiares, fossem suspensas ou comemoradas de outra forma.

Mesmo com os espaços de cultos fechados, o jejum islâmico do nascer ao pôr do sol, que começou no último dia 23, foi revertido em boa ação para a comunidade muçulmana.

Segundo Fernando Celino, assessor de comunicação da Sociedade Beneficente Muçulmana do Rio de Janeiro, neste período do Ramadã, muçulmanos sentem na pele o que é ficar sem comer e beber. "Uma coisa é saber que existe fome no mundo; a outra, é você sentir o que essas pessoas sentem", explicou. Segundo Celino, o jejum ajuda a refletir mais sobre as condições do próximo.

 

Você pode gostar
Comentários