
A legislação italiana considera crime a apologia ao fascismo, mas pune apenas ações voltadas a tentar reconstruir o antigo partido de Mussolini, e não quem propaga seus ideais.
"Mais uma vez, por culpa de poucos desrespeitosos, a imagem de Verona é prejudicada. É intolerável a circulação de máscaras com o rosto de Mussolini, responsável pelas leis raciais, pelo massacre de milhares de italianos em uma guerra ao lado de Hitler e pela destruição de nosso país", disse o deputado Diego Zardini, do Partido Democrático (PD), de centro-esquerda.
O parlamentar cobrou que a Justiça ordene a apreensão das máscaras e denuncie a empresa produtora por apologia ao fascismo. "É uma iniciativa injustificável que deve ser denunciada", reforçou a deputada Sara Moretto, do centrista Itália Viva (IV).
Situada no Vêneto, Verona é um dos principais bastiões da extrema direita na Itália e abriga movimentos ultranacionalistas que costumam se confundir com as torcidas organizadas de seu clube mais famoso, o Hellas.