O primeiro trecho crítico do texto que traz a opinião da publicação é justamente sobre o presidente Jair Bolsonaro. Para o Guardian, o presidente brasileiro "rejeitou repetidamente os riscos do coronavírus, desafiou o conselho de seu próprio governo ao se encontrar pessoalmente com multidões de apoiadores e pressionou os estados a reabrir salões de beleza à medida que o número de mortos aumentava". A publicação destaca que o Brasil já passou da marca de 25 mil mortos pela covid-19 e que os números da pandemia no país são "ainda mais chocantes" quando se lembra que o Brasil teve um "forte desempenho nas crises de saúde anteriores como a do HIV e do zika vírus".
Apesar de referir-se a Donald Trump como "amigo de Bolsonaro", o periódico cita o bloqueio imposto pelos Estados Unidos a viajantes que passaram pelo Brasil. Para o jornal inglês, Trump "falhou na preparação de seu país e agora pressiona para a reabertura, em um ato de desespero para que as condições econômicas melhorem até as eleições de novembro", nas quais Trump tentará a recondução ao cargo.
Sobre Putin, o Guardian chama a atenção para a reabertura econômica da Rússia mesmo em meio ao crescimento acelerado da taxa de infecções e diz que os números de mortos no país são "suspeitosamente baixos". Para o jornal, a explosão de casos de covid-19 na Rússia tem feito Putin sofrer prejuízos em sua popularidade, assim como vem acontecendo com Trump e com Bolsonaro.
O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, é criticado por uma "desastrosa falha" em atender as necessidades de milhões de trabalhadores migrantes quando foi imposto um rigoroso lockdown no país, o que levou a uma crise humanitária que acabou facilitando a disseminação do novo coronavírus pela Índia.