
Segundo o Serviço Nacional de Saúde e Qualidade Agroalimentar (Senasa), os argentinos convivem com um espantoso número de gafanhotos migratórios sul-americanos há muito tempo. Durante a primeira metade do século XX, a espécie “foi a praga mais prejudicial” a atingir o setor agropecuário argentino, “causando significativas perdas econômicas em cultivos e campos naturais de amplas regiões” do país.
Mesmo cientes deste histórico, em 2017, especialistas se surpreenderam com o que classificaram como uma "explosão demográfica dos gafanhotos". O que motivou os diversos órgãos de governo que lidam com a questão a aprovar, no mesmo ano, um Protocolo Interinstitucional de Gestão de Informações para lidar, de forma coordenada, com os riscos decorrentes do aumento do número de insetos desta espécie.
Em 2019, o país se viu às voltas com uma “emergência regional”, causada pela migração de gafanhotos do Paraguai. Foi neste contexto que, em setembro, representantes da Senasa, do Ministério de Agricultura, Pecuária e Pesca e do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação se reuniram para discutir o acionamento do protocolo.