Papa FranciscoAFP

O Papa Francisco recebeu alta neste sábado, 01, após ficar três dias internado no hospital Gemeli, em Roma, devido a uma bronquite infecciosa e submetido a "exames médicos programados", segundo o Vaticano. 
Recuperado, o pontífice cumprimentou fiéis antes de voltar a seus aposentos e retomar a agenda de compromissos. De acordo com Matteo Bruni, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Francisco irá ao Domingo de Ramos, evento no anuário da Igreja que inicia as celebrações da Páscoa. 
Além disso, o Papa também estará presente na missa que marca o início da Semana Santa e na procissão noturna da Sexta-Feira Santa, no Coliseu de Roma, mas irá contar com o auxílio de cardeais durante a exaustiva agenda de compromissos, que acontece entre os dias 2 e 9 de abril.
Saúde debilitada  
Desde 2021, o pontífice precisa do auxílio de uma bengala e cadeiras de roda por causa de fortes dores no joelho direito causadas pela osteoartrite, enfermidade responsável pelo desgaste da cartilagem das articulações e por alterações nos ossos. No mesmo ano também foi diagnostico com diverticulite, uma doença que afeta o cólon, e precisou passar por cirurgia. 
Já imaginando a possibilidade de ficar muito debilitado para exercer as funções como figura central do Vaticano, Francisco deixou escrita uma carta de renúncia em 2013. 
"Já assinei minha renúncia. O Secretário de Estado na época era Tarcísio Bertone. Eu assinei e disse: ‘Se fiquei incapacitado por motivos médicos ou qualquer outra coisa, aqui está minha renúncia'. Não sei a quem o cardeal Bertone deu essa carta, mas eu dei a ele quando era secretário de Estado" - disse o Sumo Pontífice no ano passado. 
Dez anos de papado e elogios a Dilma e Lula
Líder da Igreja Católica a uma década, Francisco deu entrevista a TV argentina C5N na sexta-feira, 31, e reclamou do processo de impeachment realizado contra Dilma Roussef, presidente do Brasil entre 2011 e 2016, e do processo de condenação contra Lula, preso em 2018.
"O lawfare (conceito que significa uso abusivo da Justiça para fins políticos) abre caminho nos meios de comunicação. Deve-se impedir que determinada pessoa chegue a um cargo. Então, o pessoal os desqualifica e metem ali a suspeita de um crime. Então, faz-se todo um sumário, um sumário enorme, onde não se encontra [a prova do delito], mas para condenar basta o tamanho desse sumário. 'Onde está o crime aqui?' 'Mas, sim, parece que sim...' Assim condenaram Lula", afirmou o papa.