Força-tarefa criou milhares de perfis falsos nas redes sociais, afirmou EUAAFP
As prisões e os indiciamentos indicam "planos de repressão transnacional dirigidos contra membros da comunidade da diáspora chinesa em Nova York e em outras partes dos Estados Unidos", declarou o procurador-geral do Brooklyn, Breon Peace.
Os dois homens presos foram identificados como Harry Lu Jianwang, de 61 anos, e Chen Jinping, de 59, a quem funcionários americanos acusam de abrir no ano passado um escritório no bairro chinês de Manhattan a mando do Ministério de Segurança Pública (MPS, na sigla em inglês), a força policial nacional da China.
O escritório, que não estava registrado como exige o governo dos Estados Unidos, oferecia serviços como a renovação de carteiras de motorista emitidas pela China, disse Peace.
No entanto, também tinha como função rastrear e assediar dissidentes da República Popular da China, acrescentou.
Em um caso relacionado, o Departamento de Justiça (DOJ) anunciou acusações contra 34 membros do MPS envolvidos em assédio a dissidentes no exterior.
Eles faziam parte do Grupo de Trabalho para o Projeto Especial MPS 12, descrito pelo DOJ como uma equipe criada para perseguir dissidentes chineses.
Segundo alegam os Estados Unidos, a força-tarefa criou milhares de perfis falsos nas redes sociais para visar "dissidentes chineses por meio de assédio e ameaças".
"Não é uma força policial normal", afirmou Peace em coletiva de imprensa. "Não protege as pessoas nem combate crimes. Comete crimes alvejando ativistas democratas e dissidentes localizados fora da China, inclusive aqui na cidade de Nova York."
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