Parte de uma reportagem mostrando equipes de buscaDivulgação/CBC News
O ministro do Interior do Quênia, Kithure Kindiki, confirmou que o número de mortos em uma seita do país que incentivava os seguidores a fazerem jejum "para conhecer Jesus" subiu para 89 nesta terça-feira (25). Além disso, segundo Kindiki, cerca de três pessoas foram resgatadas com vida nas últimas horas. O número de sobreviventes encontrados, até o momento, é de 34.
Nos últimos dias, o número de mortos pela aumentou dia a dia após autoridades realizaram exumações em uma área de 800 hectares da floresta Shakahola, que fica ao leste do país africano. As pessoas que aderiram à prática faziam parte da Igreja Internacional das Boas Novas.
Makenzie Nthenge, fundador da igreja, incentivou os fiéis a realizarem um jejum total "para conhecer Jesus". Ele foi preso há dez dias, mas ainda há seguidores jejuando, de acordo com a polícia.
Um policial ainda informou à imprensa local que Nthenge "está orando e jejuando" na prisão. Além dele, mais seis seguidores também foram detidos. Os corpos foram encontrados em igrejas e valas de uma floresta na região, onde o grupo evangélico se reunia para cultos. A polícia procura por aqueles que ainda estão escondidos na mata realizando a prática.
No último domingo (23), uma mulher que se recusava a se alimentar foi encontrada e levada a um hospital. Outros 11 seguidores, sete homens e quatro mulheres entre 17 e 49 anos, foram internados na semana passada após serem encontrados na floresta.
Em março, Nthenge já havia sido preso após duas crianças que participaram da seita morreram de fome. Contudo, ele pagou uma fiança de 100.000 xelins quenianos (aproximadamente R$ 3,7 mil) e foi solto.