Previsão de cortes na IBM reforçam estudo do Goldman Sachs: cerca de 300 milhões de empregos podem ser substituídos pela automação da IAReprodução/Internet

São Francisco - CEO da IBM, Arvind Krishna, considera fazer uma redução drástica do quadro administrativo, dado o potencial da inteligência artificial (IA) e das tecnologias de automação para executar tarefas nesta área. Em entrevista à agência 'Bloomberg', o executivo afirmou que a empresa faria uma pausa na contratação destes perfis e diminuiria potencialmente o quadro de funcionários.
"Estes postos que não lidam com clientes chegam a quase 26 mil funcionários. Posso ver, facilmente, 30% disto ser substituído pela IA e a automação em cinco anos”, previu o executivo do grupo americano, que tem quase 260 mil funcionários.
"Não há uma interrupção geral de contratações", ressaltou hoje à AFP um porta-voz da IBM. "A empresa tem uma política de contratação bastante criteriosa, concentrada nos cargos que geram receita. Somos muito seletivos quando se trata de posições que não são se referem diretamente aos nossos clientes ou à tecnologia. Temos milhares de vagas para serem preenchidas neste momento".
Assim como muitas empresas de tecnologia, a IBM lançou um plano social no inverno. O grupo demitiu 5 mil funcionários, segundo a 'Bloomberg', embora tenha contratado 7 mil pessoas no primeiro trimestre.
A OpenAI, pioneira da IA generativa, mostrou, com sua interface ChatGPT e outras ferramentas, que estas novas tecnologias são capazes de redigir e-mails, criar sites, gerar linhas de código e realizar muitas tarefas repetitivas. Um estudo do Goldman Sachs afirmou, em março, que cerca de 300 milhões de empregos podem ser substituídos pela automação da IA.