Joe Biden e Xi Jinping, presidentes dos EUA e ChinaAFP
EUA e China renovam contato diplomático de 'alto nível', diz Casa Branca
Duas grandes potências estão imersas em uma disputa militar, além de uma rivalidade econômica e tecnológica
Afastados desde o incidente do balão chinês em fevereiro, Estados Unidos e China renovaram o contato diplomático no "mais alto nível", anunciou a Casa Branca nesta quinta-feira, 11.
O conselheiro de Segurança Nacional do presidente Joe Biden, Jake Sullivan, reuniu-se esta semana em Viena com o ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi, informou o Executivo americano.
O contexto continua extremamente tenso entre as duas grandes potências, imersas em uma disputa diplomática e militar, assim como de rivalidade econômica e tecnológica. Sullivan e Yi tiveram "discussões francas, substanciais e construtivas", acrescentou a Casa Branca.
Conversaram tanto sobre a "guerra da Rússia contra a Ucrânia" quanto sobre temas relacionados com o Estreito de Taiwan, os dois assuntos mais delicados da relação bilateral.
O governo Biden vem advertindo a China, repetidamente, contra qualquer ajuda militar à Rússia. Os Estados Unidos também estão preocupados com Taiwan, território reivindicado por Pequim.
Wang "expôs amplamente a posição solene da China" sobre Taiwan, anunciou a agência de notícias estatal chinesa Xinhua, acrescentando que ambos "concordaram em continuar fazendo um bom uso deste canal estratégico para a comunicação".
Este contato no mais alto nível quebra várias semanas de silêncio, ou quase, entre ambas as capitais. Em fevereiro deste ano, as tensões entre China e Estados Unidos se intensificaram com o sobrevoo de balões chineses sobre o território americano. Os EUA tratam o caso como uma operação de espionagem, o que a China nega categoricamente.
Nesse contexto, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, cancelou no último minuto uma viagem que faria à China.
A reunião em Viena reviverá as especulações sobre um próximo encontro entre Biden e o presidente chinês, Xi Jinping. Questionado sobre isso na quarta-feira, 10, o presidente americano respondeu: "Há avanços".
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