A polícia de Nova York e um motorista que levou Meghan e Harry em seu táxi minimizaram o perigo e a duração da suposta perseguiçãoAFP
Perseguição de paparazzi a Harry e Meghan tem versões contraditórias
Imprensa americana e britânica minimiza descrição do casal de ação 'quase catastrófica' pelas ruas de Nova York
Londres - A imprensa britânica e meios de comunicação americanos publicaram relatos conflitantes nesta quinta-feira (18) sobre a "perseguição de carro" ao príncipe Harry, filho mais novo de Charles III, e sua esposa Meghan Markle por paparazzi em Nova York, descrita pelo casal como "quase catastrófica".
Um porta-voz do duque e da duquesa de Sussex anunciou na quarta-feira que eles foram vítimas de uma perseguição "implacável" de duas horas que quase levou a várias colisões. O relato do incidente, ocorrido em Nova York na terça-feira, gerou comparações com as circunstâncias do acidente em Paris em que a princesa Diana, mãe de Harry, morreu em 1997 enquanto era perseguida por fotógrafos.
Mas a polícia de Nova York, o prefeito da cidade e um motorista que levou brevemente o casal em seu táxi na quarta-feira minimizaram o perigo e a duração da suposta perseguição. Nesta quinta-feira, em entrevista exibida pelo canal britânico ITV, um dos fotógrafos envolvidos acusou a comitiva dos duques de Sussex de causar o perigo.
"Foi muito tenso tentar acompanhar os veículos", disse o fotógrafo, que pediu anonimato.
"Eles fizeram muitos bloqueios e aconteceram muitos tipos de manobras diferentes para parar o que estava acontecendo. Foi o motorista deles que tornou a experiência tão catastrófica", acrescentou.
"Quis dirigir rápido, mudar de faixa (...), ir na direção oposta", disse ele.
O incidente ocorreu depois que Harry, de 38 anos, e Meghan, 41, participaram de uma cerimônia de premiação com a mãe da atriz americana, Doria Ragland. Um porta-voz da polícia de Nova York afirmou que transportar o grupo foi "desafiador" por causa dos fotógrafos, mas "não foram relatadas colisões, lesões ou detenções".
O jornal americano 'New York Post' citou uma fonte que alegou que não houve ligações de emergência para a polícia e que a suposta perseguição "não durou nem duas horas". Mas Chris Sanchez, membro da equipe de segurança do casal, disse à 'CNN' que a perseguição foi preocupante e perigosa.
"Eu nunca tinha visto ou vivido nada parecido", afirmou. "O que tínhamos em mãos era muito caótico. O público esteve em perigo em vários momentos. Poderia ter sido fatal", disse.
O príncipe Harry mantém relações tensas com a imprensa e nos últimos anos apresentou com inúmeras denúncias no Reino Unido contra tabloides por violação de sua privacidade. Ele e Meghan deixaram a família real britânica no início de 2020 e foram morar na Califórnia. Uma das justificativas foi a pressão insuportável da mídia.
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