Socorristas empurram barco durante evacuação de uma área inundada em Afanasiyivka, região de MykolayivOleksii Filippov / AFP

As autoridades ucranianas informaram que 35 pessoas, incluindo sete crianças, estão desaparecidas pelas inundações provocadas pela destruição da represa de Kakhovka, o que o procurador-geral Andrii Kostin qualificou como "a pior catástrofe ambiental desde Chernobyl".
Localizada em uma zona controlada pela Rússia, a represa de Kakhovka foi destruída em 6 de junho, o que obrigou milhares de pessoas a fugirem de suas casas e desencadeou o temor de uma catástrofe humanitária e ambiental maior.
A Ucrânia acusa a Rússia de ter detonado explosivos neste reservatório localizado no rio Dnieper, mas Moscou afirma que foi Kiev quem atacou a estrutura com artilharia.
O ministro do Interior da Ucrânia, Igor Klymenko, informou que há 35 desaparecidos, incluindo cinco crianças, na região de Kherson, no sul.
O funcionário indicou que as inundações deixaram cinco mortos em Kherson e uma vítima fatal em Mykolaiv. Ao todo, 3.700 pessoas foram retiradas de suas casas, acrescentou o ministro, em um comunicado.
Em Kherson, que é a maior cidade próxima à barragem de Kakhovka, a água começou a baixar, e os habitantes começaram a voltar para suas casas para avaliar os danos.
O procurador-geral da Ucrânia, Andrii Kostin, e representantes do Tribunal Penal Internacional (TPI) visitaram as áreas inundadas, informou seu escritório.
"Esta é a pior catástrofe ambiental desde Chernobyl, por isso, estamos investigando-a não apenas como um crime de guerra, mas também como um ecocídio", afirmou Kostin em uma nota, referindo-se ao acidente da central nuclear em 1986.