Migrantes a bordo de um barco de pesca nas águas da costa do Peloponeso, na GréciaAFP/ Guarda Costeira Helênica

Nove egípcios, suspeitos de serem traficantes de seres humanos, foram detidos na Grécia, após o naufrágio de um barco levando migrantes ao longo da costa grega, que pode ter deixado centenas de mortos, informou uma fonte portuária à AFP nesta quinta-feira (15).
Entre os detidos está o capitão do barco, antigo e superlotado, que virou antes de naufragar, provocando a morte de pelo menos 78 pessoas, segundo um balanço oficial.
Segundo a mesma fonte, o pesqueiro zarpou do Egito sem passageiros com destino a Tubruk, cidade do leste da Líbia, onde os migrantes embarcaram com destino à Itália.
As detenções ocorreram em Kalamata, cidade portuária da península do Peloponeso, para onde foram levados os sobreviventes do naufrágio, por suspeita de tráfico de seres humanos, reportou a agência grega ANA.
Até o momento, 78 corpos foram retirados das águas, mas a Organização Internacional para as Migrações (OIM) disse "temer que centenas de pessoas" tenham perdido a vida no que chamou de "uma das tragédias mais devastadoras no Mediterrâneo em uma década".
O porta-voz do governo grego, Ilias Siakantaris, disse na quarta-feira que, segundo informações não confirmadas, havia cerca de 750 pessoas a bordo da embarcação.