Heather Mack assassinou Sheila von Wiese Mack em um ataque de fúria, tentou esconder o corpo em uma mala e fugiu ao lado do então namorado Tommy SchaeferReprodução/CBS

A americana condenada com o namorado por matar a mãe e abandonar o corpo em uma mala dentro de um táxi em Bali, Indonésia, declarou-se culpada de conspiração para assassiná-la, informou o Departamento de Justiça na sexta-feira, 16.
Heather Mack, 27 anos, foi detida em 2021, ao retornar aos Estados Unidos depois de passar sete anos presa na Indonésia pelo assassinato. Nos EUA, ela pode pegar mais 28 anos quando receber sua sentença, em dezembro.
Em um julgamento midiático em 2015, a então adolescente foi condenada a 10 anos de prisão, e seu namorado, Tommy Schaefer, a 18, pelo assassinato de Sheila von Wiese Mack, membro da alta sociedade de Chicago. Um ano antes, durante uma discussão acalorada no hotel de luxo St Regis, o jovem golpeou a vítima, 62, até a morte com uma tigela de frutas.
Após o homicídio, o casal abandonou uma mala com o corpo em um táxi e fugiu, mas foi rapidamente detido. A filha, grávida na época, foi declarada culpada de cumplicidade e incitação ao crime, o que lhe rendeu o apelido de "assassina da mala" na mídia.
Segundo os promotores, o jovem "golpeou cegamente" a mulher durante um ataque de fúria, depois que ela fez um comentário racista contra Schaefer, que é negro. Durante a agressão, Heather se escondeu no banheiro, mas, depois, ajudou o namorado a colocar o corpo na mala.
Schaefer segue preso na Indonésia, enquanto Mack, que deu à luz a uma menina no início de sua pena, foi colocada em liberdade em 2021, por boa conduta. As acusações nos Estados Unidos contra Schaefer estão pendentes, pontuou o Departamento de Justiça.
A Suprema Corte dos EUA decidiu que a proibição constitucional contra a "dupla punição" não se aplica a casos em que alguém é julgado em um país e, em seguida, processado em outro, com suas próprias leis, que proíbem um delito distinto. A acusação americana é de que Heather participou de uma conspiração e realizou outros atos, não mencionados no caso indonésio.
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