Netanyahu rejeita qualquer acordo provisório sobre a capacidade nuclear do IrãMENAHEM KAHANA / AFP
Israel: Netanyahu diz se opor a suposto acordo interino entre EUA e Irã sobre programa nuclear
Na semana passada, o site Walla informou que, sob os entendimentos em curso, Teerã limitaria seu enriquecimento de urânio a 60% em troca do alívio das sanções
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou neste domingo, 18, que se opõe a qualquer acordo provisório negociado entre os Estados Unidos e o Irã sobre seu programa nuclear. A mídia israelense vem reportando que estão sendo alcançados entendimentos entre Washington e Teerã para limitar o programa nuclear do Irã, em troca de alívios nas sanções.
O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Matthew Miller, disse na semana passada que "não há acordo" e que os relatórios são falsos. Os documentos citados pela imprensa de Israel não puderam ser confirmados de forma independente.
Netanyahu disse que Israel informou aos EUA que "os entendimentos mais limitados, chamados de 'mini acordos', não servem — em nossa opinião — ao objetivo e também nos opomos a eles".
Na semana passada, o site israelense Walla informou que, sob os entendimentos em curso, o Irã limitaria seu enriquecimento de urânio a 60% em troca do alívio das sanções. O site também disse que os lados estavam discutindo libertações recíprocas de prisioneiros. Segundo o Walla, Netanyahu revelou detalhes do acordo em uma recente reunião do comitê parlamentar. EUA e Israel compartilham inteligência e o foco principal das interações dos países é o Irã e seu programa nuclear.
Em 2015, Netanyahu se opôs veementemente ao acordo entre o Irã e as potências mundiais negociado pelo governo Barack Obama, que buscava controlar o programa nuclear do Irã. Netanyahu foi um grande apoiador da decisão do presidente Donald Trump em 2018 de se retirar do acordo.
O Irã argumenta que seu programa é destinado a fins civis. Israel considera uma grande ameaça o programa nuclear de Teerã, citando seus apelos pela destruição de Israel e seu apoio a grupos militantes anti-Israel em toda a região.
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