Submarino tem autonomia de oxigênio de até 96 horasDivulgação
Aumentam os temores em relação às cinco pessoas a bordo, pois o submarino tem autonomia de oxigênio de até 96 horas. Confira abaixo o que se sabe até agora:
O que aconteceu?
"Há algum tempo, não conseguimos estabelecer comunicação com um dos nossos veículos de exploração submersível que, atualmente, visita o local do naufrágio do Titanic", disse a empresa responsável pela embarcação, a OceanGate Expeditions, em um comunicado na noite de segunda-feira.
A empresa utiliza um submersível chamado "Titan" para suas imersões até a área do histórico naufrágio, com assentos ao preço de 250.000 dólares cada, de acordo com seu site.
Quem está a bordo?
Harding, um aviador de 58 anos, turista espacial e presidente da associação Action Aviation, publicou em seu Instagram no domingo que estava orgulhoso de se juntar à missão Titanic da OceanGate.
O empresário paquistanês Shahzada Dawood e seu filho Suleman Dawood também estão a bordo da embarcação.
"Por enquanto, perdemos o contato com o submersível e a informação disponível é limitada", afirmou sua família, em um comunicado.
Shahzada Dawood é vice-presidente do conglomerado Engro, com sede em Karachi, que tem investimentos em energia, agricultura, petroquímica e telecomunicações.
Onde a embarcação desapareceu?
Qual é a última informação sobre o resgate?
O tempo é um fator crítico, já que o submarino tem um máximo de 96 horas de autonomia de oxigênio para as cinco pessoas a bordo.
O contra-almirante da Guarda Costeira dos Estados Unidos, John Mauger, disse na segunda-feira a jornalistas em Boston que acredita que ainda há mais de 70 horas disponíveis.
Sem relatos de avistamentos do submersível, ou sinais de comunicação dos exploradores, a equipe de resgate suspendeu os voos de busca durante a noite.
Por que visitar o Titanic?
Mais de 1.500 pessoas morreram, incluindo magnatas e aristocratas. O desastre ficou conhecido como um exemplo de arrogância, já que o navio havia sido promovido como uma maravilha da era industrial e tido como impossível de afundar.
Alguns também viram o acidente como um episódio de discriminação, uma vez que a grande maioria dos passageiros mortos estava na segunda ou terceira classes.
A embarcação naufragada foi localizada em 1985 por uma expedição conjunta de Estados Unidos e França, o que aumentou o fascínio por essa catástrofe. Além de gerar diversos filmes — o último grande sucesso foi em 1997 com as estrelas Kate Winslet e Leonardo DiCaprio —, impulsionou um lucrativo e arriscado turismo submarino.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.