Brian Szasz, enteado de Hamish Harding, foi a show de rock durante as buscas por submarino Reprodução: redes sociais

O bilionário britânico Hamish Harding, de 58 anos, é um dos cinco dos passageiros do submarino que desapareceu durante uma expedição aos destroços do Titanic no último domingo, 18. O seu enteado, Brian Szasz, chamou a atenção nas redes sociais na segunda-feira, 19, após publicar uma foto durante um show de rock na Califórnia, Estados Unidos. Após duras críticas, ele decidiu apagar o post.
No Facebook, o Szasz publicou uma foto sorrindo em frente à entrada onde aconteceu a apresentação da banda Blink-182. Na ocasião, ele reconheceu que o gesto poderia ser mal-interpretado, mas defendeu o comportamento como forma de lidar com o drama familiar.
"Pode ser desagradável estar aqui, mas minha família gostaria que eu estivesse no show do Blink-182, pois é minha banda favorita e a música me ajuda em tempos difíceis", escreveu seguido de emojis de um coração e mãos em oração.
Brian Szasz, enteado de Hamish Harding, foi a show de rock durante as buscas por submarino  - Reprodução: redes sociais
Brian Szasz, enteado de Hamish Harding, foi a show de rock durante as buscas por submarino Reprodução: redes sociais
Brian recebeu críticas de internautas por ir ao show enquanto as buscas no Atlântico Norte eram intensificadas. Na terça-feira, 20, ele voltou a defender a decisão de ver a banda nesse momento.
"Sim, eu fui a um show do Blink-182 na noite passada. Eu deveria ficar em casa sentado assistindo às notícias? Não me arrependo. Essa banda vem me ajudando a superar tempos difíceis desde 1998", ressaltou.
Em seguida, Szasz apagou os posts e explicou que a mãe teria pedido para que a privacidade da família fosse preservada. "Por privacidade, minha mãe me pediu para excluir todas as postagens relacionadas. Obrigado pelo apoio", escreveu.
Explorador britânico Hamish Harding estava na embarcação que desapareceu no Oceano Atlântico  - Reprodução / Facebook
Explorador britânico Hamish Harding estava na embarcação que desapareceu no Oceano Atlântico Reprodução / Facebook
Buscas pelo submarino
As buscas pelo submarino Titan, da empresa Ocean Gate, que desapareceu com cinco tripulantes no último domingo, 18, após partir rumo aos destroços do Titanic — naufragado no Atlântico Norte —, chegaram ao seu quarto dia. Trata-se de uma corrida contra o relógio, já que o submersível conta com menos de 24h de oxigênio em sua reserva, de acordo com as estimativas das autoridades dos Estados Unidos e do Canadá.
Entre as pessoas a bordo do submarino está o bilionário e aviador britânico Hamish Harding, fundador e CEO da empresa Action Aviation. O empresário paquistanês Shahzada Dawood, vice-presidente do conglomerado Engro, e seu filho Suleman.
O submersível desapareceu 1h e 45 minutos após a descida. Nesta quarta-feira, 21, as equipes que procuram pelo submarino desaparecido no Canadá captaram sinais de sonar durante os trabalhos de busca, de acordo com um memorando interno do governo dos Estados Unidos.
Quatro horas após os dispositivos de sonar adicionais serem implantados, retornos ainda eram captados. Não ficou claro o horário em que isso aconteceu ou por quanto tempo, com base no documento.
"Retorno acústico adicional foi ouvido e ajudará na vetorização de ativos de superfície e também indicando esperança contínua de sobreviventes", segundo o informe.
Uma aeronave canadense P3 também localizou um objeto retangular branco na água, conforme o documento. Entretanto, um navio que investigava o caso foi desviado para ajudar com o retorno do sonar.
O Centro Conjunto de Coordenação de Resgate está trabalhando para encontrar um veículo subaquático operado remotamente para ajudar na busca, de acordo com o memorando.

Titanic
O Titanic saiu do porto inglês de Southampton em 10 de abril de 1912 para sua viagem inaugural rumo a Nova York, mas afundou após colidir com um iceberg cinco dias depois. Dos 2.224 passageiros e tripulantes, morreram quase 1.500.

Os restos do transatlântico foram descobertos em 1985 a 650 quilômetros da costa canadense, a 4 mil metros de profundidade, em águas internacionais do oceano Atlântico. Desde então, a área é visitada por caçadores de tesouros e turistas.
A tragédia virou tema de um filme com o mesmo nome do transatlântico, que foi ao ar em 1997. Estrelado por Leonardo Dicaprio e Kate Winslet, o lançamento teve grande sucesso, acumulando prêmios.