Guarda Costeira dos EUA alimenta esperança de encontrar desaparecidosReprodução
A Guarda Costeira dos Estados Unidos mantém o "otimismo", mas a situação é considerada cada vez mais complicada para os passageiros do pequeno submersível de águas profundas da empresa privada OceanGate Expeditions, com oxigênio de emergência para 96h.
O anúncio na quarta-feira, 21, da detecção de ruídos subaquáticos por aviões P-3 canadenses na área de busca aumentou as esperanças e orientou a equipe internacional de resgate marítimo enviada ao local.
"Não sabemos o que são os ruídos", afirmou o porta-voz da Guarda Costeira americana, o capitão Jamie Frederick.
A comunicação com o pequeno submersível Titan foi perdida no domingo, quase duas horas depois de o equipamento iniciar a descida em direção ao que restou do famoso transatlântico Titanic, a quase 4.000 metros de profundidade e a cerca de 600 quilômetros de Terra Nova, no Atlântico Norte.
Viajam no submersível o bilionário e aviador britânico Hamish Harding, presidente da empresa de jatos particulares Action Aviation; o empresário paquistanês Shahzada Dawood, vice-presidente do conglomerado Engro, e seu filho Suleman; o mergulhador francês Paul-Henri Nargeolet, e Stockton Rush, CEO da OceanGate Expeditions, a companhia que opera o Titan, que cobra US$ 250.000 (aproximadamente R$ 1,2 milhão) por turista.
Recursos importantes
O Pentágono anunciou o envio de um terceiro avião C-130 e de outros três C-17, enquanto um robô submarino, enviado pelo Instituto Oceanográfico francês, será incorporado às buscas nas próximas horas.
A Marinha Real do Canadá enviou um navio com câmara hiperbárica a bordo e especialistas com assistência médica, que se une a outra embarcação de serviço da Guarda Costeira equipado com instrumentos de sonar avançados.
A Horizon Maritime, empresa proprietária do Polar Prince, o barco que lançou o submersível, também está enviando outra embarcação com uma equipe de buscas em águas profundas.
O local da busca "torna a mobilização rápida de grandes quantidades de equipamento algo excepcionalmente difícil", explicou o capitão Frederick.
Perigo da expedição
De acordo com Lochridge, uma parte do submersível foi concebida para resistir à pressão a 1.300 metros de profundidade, e não a 4.000 metros.
Todos estavam cientes dos perigos da expedição, afirmou à BBC Mike Reiss, roteirista de televisão americano que visitou os destroços do Titanic no mesmo submersível no ano passado.
"Você assina um documento antes de embarcar, e na primeira página a morte é mencionada três vezes", contou, ao lembrar que, durante a imersão em águas tão profundas, "a bússola parou de funcionar imediatamente e começou a girar", fazendo com que eles tivessem que se mover às cegas na escuridão do oceano para buscar o transatlântico, que afundou em 2012, em sua viagem inaugural entre a cidade inglesa de Southampton e Nova York.
Das 2.224 pessoas a bordo do Titanic, cerca de 1.500 morreram em um dos naufrágios mais famosos da história. Desde que os destroços foram descobertos em 1985, a área tem sido visitada por caçadores de tesouros e turistas ávidos por fortes emoções.
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