Líder do grupo paramilitar Wagner, Yevgueni PrigozhinAFP

O chefe do Wagner, Yevgeny Prigozhin, disse nesta segunda-feira, 26, em uma primeira mensagem de áudio após o fim de sua rebelião, que seu objetivo não era derrubar o poder russo, mas salvar seu grupo paramilitar ameaçado de ser absorvido pelo Exército.
"O objetivo da marcha era não permitir a destruição do grupo Wagner", afirmou Prigozhin em uma mensagem gravada de 11 minutos, garantindo que o objetivo "não era derrubar o poder no país". Afirmou, também, que não quis "derramar sangue russo".
Ainda segundo ele, o espetacular avanço do Wagner em direção a Moscou durante seu fugaz levante revela "graves problemas de segurança" na Rússia.
"A marcha evidenciou graves problemas de segurança no país", declarou Prigozhin, ressaltando que seus homens viajaram 780 km sem encontrar muita resistência.
O empresário afirmou que seus combatentes avançaram em direção à capital e pararam "a 200 quilômetros de Moscou". "Demonstramos um alto nível de organização que o Exército russo deveria ter", acrescentou Prigozhin.
Ele contou que, no decorrer do trajeto, os civis expressaram seu apoio ao grupo, o que expôs a fragilidade do poder na Rússia.
"Os civis nos receberam com bandeiras russas e o símbolo do Wagner", afirmou, acrescentando que "todos ficaram muito felizes quando passávamos".
Em sua mensagem, ele não revela sua localização atual. Já o Kremlin disse que irá para Belarus, sem especificar quando.