Protestos acontecem por conta da violência policial do paísReprodução/Redes Sociais
O presidente da França, Emmanuel Macron, reforçou a segurança nesta madrugada, que antecede ao funeral da vítima. O ministro francês do Interior, Gérald Darmanin mobilizou ainda de unidades blindadas da gendarmaria para atuar nos protestos.
Na quinta-feira (29), o líder francês escreveu no Twitter que a "violência contra delegacias, escolas, prefeituras, contra a República é injustificável". No mesmo dia, Macron disse que grande parte dos presos eras menores de idade e pediu para os pais se responsabilizarem.
"Um terço dos presos ontem à noite são jovens, às vezes muito jovens. Eu chamo os pais à responsabilidade", disse o presidente da França.
O caso
O agente que atirou no adolescente foi colocado sob custódia nessa terça-feira (27) depois que o garoto morreu no hospital.
Naël estava no carro com outras duas pessoas no momento em que foram parados em uma blitz policial, segundo os promotores de Justiça envolvidos no caso.
Na abordagem, ele teria ligado novamente o veículo e acelerado, o que teria apresentado perigo físico aos policiais. "Foi nesse contexto que o policial usou sua arma de fogo", disse o chefe da polícia de Paris, Laurent Nunez.
A versão, no entanto, foi contestada pela família do jovem com um vídeo que mostra dois policiais na lateral do veículo e, enquanto um segura a porta, o outro mantém a arma apontada para o motorista. Quando o carro acelera, o policial dispara.
Duas investigações foram abertas pela Inspeção-Geral da Polícia Nacional para apurar o caso.