'Não existe unanimidade', diz Biden ao descartar entrada da Ucrânia na Otan em meio a guerra
Presidente dos EUA ainda lembrou que têm a obrigação de defender 'cada centímetro de território da Otan', o que poderia colocar a organização em guerra contra a Rússia no caso de uma adesão ucraniana
Por outro lado, Biden garantiu que os EUA continuarão armando a Ucrânia enquanto o país não entra na aliança ocidental - JIM WATSON / POOL / AFP
Por outro lado, Biden garantiu que os EUA continuarão armando a Ucrânia enquanto o país não entra na aliança ocidentalJIM WATSON / POOL / AFP
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou, no sábado, 9, que a Ucrânia só conseguirá entrar na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) após o fim da guerra contra a Rússia.
A declaração chega em meio às críticas de Kiev sobre a "indecisão" da aliança militar a respeito de sua adesão, posição que o presidente Volodymyr Zelensky definiu recentemente como "uma ameaça" à segurança global.
"Não acredito que exista unanimidade sobre a Ucrânia entrar na Otan agora, neste momento, em meio a uma guerra", afirmou Biden em entrevista à CNN.
O presidente ainda lembrou que os Estados-membros têm a obrigação de defender "cada centímetro de território da Otan", o que poderia colocar a organização em guerra contra a Rússia no caso de uma adesão ucraniana.
"Se a guerra está em curso, então estaríamos todos em guerra", ressaltou. Por outro lado, Biden garantiu que os EUA continuarão armando a Ucrânia enquanto o país não entra na aliança ocidental.
No fim da semana passada, seu governo anunciou o fornecimento de bombas de fragmentação a Kiev, iniciativa que contrariou até alguns aliados ocidentais.
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