Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, durante evento na LituâniaPaul Ellis/Pool/ AFP
Zelensky adverte que promessas do G7 não substituem adesão à Otan
Chefe do Executivo ucraniano entende que aliança militar deve sacramentar o convite
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, alertou na Lituânia que um plano com compromissos de longo prazo para a segurança de seu país, que o G7 anunciará nesta quarta-feira (12), não substitui a adesão da Ucrânia à Otan.
As promessas do G7 não devem ser vistas como algo que substitui a Otan, "mas como garantias de segurança em nosso caminho para a integração", disse Zelensky, em entrevista coletiva nesta quarta-feira com o secretário-geral da aliança transatlântica, Jens Stoltenberg.
Na véspera, os países da Otan prometeram à Ucrânia que só vão convidar este país a aderir à aliança "quando todos os aliados concordarem e houver condições" para que isso aconteça, sem oferecer um calendário claro e concreto.
Enquanto isso, os países do G7 devem anunciar nesta quarta-feira compromissos de longo prazo para a segurança da Ucrânia. "Posso dizer que os resultados desta cúpula são bons, mas quando recebermos o convite, isso sim será ótimo", expressou Zelensky nesta quarta-feira.
Pouco antes de comparecer à coletiva de imprensa, Zelensky afirmou que "a melhor garantia para a Ucrânia é fazer parte da Otan". Ao lado de Stoltenberg, o presidente ucraniano expressou confiança que seu país será admitido na Otan após a guerra com a Rússia.
"Estou confiante de que depois da guerra, a Ucrânia estará na Otan. Faremos todo o possível para que isso aconteça", disse ele.
Por sua vez, Stoltenberg enfatizou que Zelensky participará durante o dia da primeira sessão do Conselho Ucrânia-Otan, e que vários países da aliança promovem assistência bilateral adicional.
"Nesta quarta-feira, [Otan e Ucrânia] nos encontraremos como iguais. Estou ansioso pelo dia em que nos encontraremos como aliados", disse Stoltenberg.
Na opinião do norueguês, é preciso "garantir que quando esta guerra acabar sejam adotadas medidas de segurança para a Ucrânia, para que a história não se repita", afirmou.
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