Epps compareceu aos protestos de 6 de janeiro, mas não entrou no CapitólioAlex Edelman/AFP
Homem nos EUA acusado de ser agente do FBI processa Fox News por difamação
Ray Epps alegou que, devido às falsas acusações do canal, recebeu ameaças de morte
Um homem no Arizona entrou com um processo por difamação contra a rede de televisão Fox News nesta quarta-feira (12), depois de ser acusado de ser um agente disfarçado do FBI que incitou o ataque de janeiro de 2021 ao Capitólio dos Estados Unidos.
Ray Epps, em uma ação movida em um tribunal em Delaware, alegou que devido às falsas acusações da Fox News, recebeu ameaças de morte, perdeu seu negócio, foi forçado a se mudar e sofreu "angústia mental" com essa experiência.
"Após os eventos de 6 de janeiro, a Fox News procurou um bode expiatório para culpar, qualquer um que não fosse Donald Trump ou o Partido Republicano", argumentou Epps no processo.
A Fox News e seu principal apresentador na época, Tucker Carlson, que deixou a rede de notícias, estão envolvidos em "uma campanha que durou anos na qual espalharam mentiras sobre Epps", diz o documento, que os acusa de inventar uma "história fantasiosa" em que o demandante era "um agente disfarçado do FBI responsável pela multidão que invadiu violentamente o Capitólio".
"Aquelas mentiras arruinaram as vidas de Roy e Robyn", diz o processo em referência a Epps, um ex-fuzileiro naval que votou em Trump nas eleições presidenciais de 2016 e 2020, e sua esposa.
O processo também explica que Epps compareceu aos protestos de 6 de janeiro, mas não entrou no Capitólio.
"Contrariamente às mentiras da Fox News, Ray não era um agente federal ou de qualquer tipo, nem um agente ou informante do governo", negou Epps no documento.
Também relata que, devido às ameaças de morte e assédio, Epps e sua esposa foram forçados a abandonar seu negócio lucrativo de casamentos no Arizona e se mudaram para Utah, onde vivem escondidos.
Epps busca uma compensação não especificada e danos punitivos que serão determinados por um júri.
Em depoimento perante o comitê da Câmara dos Representantes, nesta quarta-feira, o diretor do FBI, Christopher Wray, classificou como "ridícula" a "noção de que, de alguma forma, a violência de 6 de janeiro no Capitólio tenha sido parte de uma operação orquestrada por informantes e agentes do FBI".
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