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O fundador e ex-CEO da plataforma de câmbio de criptomoedas Celsius, Alexander Mashinsky, foi acusado e detido nesta quinta-feira (13), um ano depois que sua companhia declarou falência após congelar quase US$ 5 bilhões (em torno de R$ 24,3 bilhões) em ativos de clientes.

Mashinsky foi acusado de manipulação de mercado e fraude, disse o procurador-geral de Manhattan, Damian Williams, em um comunicado à imprensa, em que informou que o empresário "enganou seus clientes e os deturpou sobre aspectos fundamentais da sociedade que criou".

O ucraniano foi condenado a várias décadas de prisão, já que cinco das sete acusações contra ele acarretam uma pena máxima de 20 anos de prisão.

O ex-número dois do Celsius, Roni Cohen-Pavon, que mora em Israel, também foi acusado.

Mashinsky deve se apresentar perante a um juiz federal em Manhattan ainda nesta quinta-feira.
No auge de sua popularidade, no final de 2021, a empresa contava com mais de um milhão de clientes e reportava mais de US$ 25 bilhões (aproximadamente R$ 121,8 bilhões) em ativos investidos na plataforma. No entanto, a queda no valor das criptomoedas em 2022 levou a Celsius a congelar seus ativos e suspender saques em meados de junho daquele ano, um mês antes de declarar falência.

De acordo com a Federal Trade Commission (FTC), os executivos da Celsius levaram mais de US$ 4 bilhões (cerca de R$ 19,4 bilhões) em ativos de clientes para financiar, entre outras coisas, a operação da empresa, investimentos de alto risco e empréstimos não garantidos.