País vive uma grave crise desde que o Ministério Público pediu o cancelamento do SemillaJohan ORDONEZ / AFP
EUA pedem segundo turno na Guatemala 'sem interferências nem assédio'
Eleição de um social-democrata à presidência pode encerrar 12 anos de governos de direita
Os Estados Unidos consideram fundamental que a eleição presidencial de 20 de agosto seja realizada “sem interferências nem assédio aos candidatos e partidos”, afirmou nesta segunda-feira (24) o chefe da diplomacia americana para a América Latina, Brian Nichols.
A Guatemala vive uma grave crise desde que o Ministério Público pediu o cancelamento do Semilla, o partido de um dos candidatos do segundo turno, o social-democrata Bernardo Arévalo, que enfrentará nas urnas Sandra Torres, também social-democrata.
A comunidade internacional teme que a medida busque retirar Arévalo do processo eleitoral.
Em mensagem no Twitter, Nichols afirma ter conversado com o chanceler guatemalteco, Mario Búcaro Flores, “sobre a vital importância de permitir que o segundo turno das eleições se desenvolva sem interferências nem assédio aos candidatos e partidos políticos”.
A eleição de um social-democrata à presidência pode encerrar 12 anos de governos de direita.
“Os guatemaltecos têm o direito de eleger seus governantes”, insiste Nichols no tweet.
A situação eleitoral provocou manifestações na Guatemala para reivindicar, entre outras coisas, a saída da procuradora-geral Consuelo Porras, do juiz Fredy Orellana e do promotor Rafael Curruchiche, todos sancionados pelos EUA como atores “corruptos e antidemocráticos”.
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