Bandeira do PaquistãoAFP
O ataque teve como alvo o partido religioso conservador Jamiat Ulema-e-Islam (JUI-F), que realizava uma reunião com a presença de mais de 400 membros e simpatizantes na cidade de Khar, perto da fronteira com o Afeganistão, para as eleições do final do ano.
"Posso confirmar que no hospital há 39 mortos e 123 feridos, incluindo 17 pacientes em estado grave", disse à AFP Riaz Anwar, delegado do Ministério da Saúde na província de Jaiber Pastunjuá. Este balanço foi confirmado pelo governador provincial.
Imagens do local da explosão que circulam nas redes sociais mostram corpos espalhados e voluntários ajudando vítimas ensanguentadas a entrar em ambulâncias.
Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo ataque, mas o braço local do grupo Estado Islâmico (EI) recentemente realizou ataques contra o JUI-F.
O grupo jihadista acusa o JUI-F de hipocrisia por ser um grupo religioso islâmico que apoiou sucessivos governos e militares.
No Paquistão, houve um grande aumento nos ataques desde que os talibãs afegãos voltaram ao poder no vizinho Afeganistão em 2021.
O grupo de talibãs do Paquistão, Tehreek–e-Taliban Pakistan, tem como alvo oficiais de segurança, incluindo policiais.
Em janeiro, um homem-bomba ligado aos talibãs do Paquistão se explodiu em uma mesquita dentro de um complexo policial na cidade de Peshawar, no noroeste, matando mais de 80 policiais.
Os ataques se concentraram nas regiões que fazem fronteira com o Afeganistão. Islamabad alega que alguns estão sendo planejados em solo afegão, uma acusação que Cabul nega.
O Paquistão era atormentado por bombardeios quase diários, mas uma grande operação militar de limpeza, iniciada em 2014, restaurou a ordem em grande parte.
Desde então, a segurança melhorou com o noroeste sob o controle das autoridades paquistanesas, após a aprovação da legislação em 2018.
Analistas dizem que os militantes em antigas áreas tribais adjacentes a Peshawar e na fronteira com o Afeganistão se tornaram corajosos desde o retorno do Talibã afegão.
O governo paquistanês deve ser dissolvido nas próximas semanas, antes das eleições marcadas para outubro ou novembro, e os partidos políticos se preparam para a campanha.
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