Corrida espacial foi um marco na Guerra Fria no início da década de 1960Pixabay
Propulsão chinesa
O programa espacial chinês vem ganhando impulso por meio de investimentos bilionários. Em 2019, conseguiu uma façanha histórica: pousar uma nave no lado oculto da Lua.
Depois, em 2020, trouxe de volta uma nave com amostras lunares, uma operação que não era realizada há mais de 40 anos. Em 2021, conseguiu pousar um pequeno robô em Marte.
O retorno dos EUA
O objetivo é construir uma base na superfície da Lua e uma estação espacial em sua órbita. Tudo isso para fazer uma viagem ainda mais complexa e ambiciosa: enviar uma tripulação a Marte.
O foguete Starship, desenvolvido pela SpaceX – empresa do bilionário Elon Musk – para essas viagens, explodiu em voo durante seu primeiro teste em abril passado.
Rússia em declínio
Sua cooperação com as potências espaciais ocidentais se reduziu a praticamente zero após a invasão da Ucrânia. Logo após o início da guerra, porém, o presidente Vladimir Putin garantiu que a Rússia continuaria a implementar seu programa lunar, apesar das sanções ocidentais.
Os novos na corrida
Mas os recentes avanços tecnológicos permitiram reduzir o custo das missões, o que estimula novos candidatos públicos, ou privados. Em agosto, a Índia lançou e conseguiu locar na órbita da Lua o foguete não tripulado Chandrayaan-3. Se tudo sair conforme o planejado, ele deve pousar na Lua até o final do mês.
A Lua não é um alvo fácil, porém. Uma missão israelense privada que enviou uma sonda em 2019 falhou na tentativa. O mesmo problema ocorreu em abril passado com o módulo de aterrissagem Hakuto, da startup japonesa ispace.
Outras duas empresas, as americanas Astrobotic e a Intuitive Machines, devem tentar a sorte ainda este ano.
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.