Javier Milei, político argentino de extrema direitaAlejandro Pagni/AFP
Milei se diz “anarcocapitalista”, é admirador de figuras como os ex-presidentes Jair Bolsonaro, do Brasil, e Donald Trump, dos Estados Unidos, além de defender medidas como a dolarização da economia e o fechamento do Banco Central da Argentina. Ele começou a se popularizar na mídia argentina primeiramente por sua vida fora da política, como goleiro no clube de futebol Chacarita Juniors e por ter uma banda de tributo aos Rolling Stones, chamada Everest.
Segundo relatos de colegas de escola do candidato ao jornalista Juan Luis González é um dos pesquisadores da biografia não autorizada do economista, intitulada “El Loco” - apelido que ganhou como jogador de futebol - Milei era um menino tímido que gostava de dançar como Mick Jagger e se tornou alvo de bullying no Colegio Cardenal Copello, em Villa Devoto. Apaixonado por cachorros, Milei vive com cinco cães da raça Mastiff Inglês, que pesam cerca de 100 kg cada um, a quem o candidato considera sua verdadeira família.
Sua passagem pelo futebol se deu nos anos 80, quando ele tinha 18 anos e tentava se estabelecer como goleiro das categorias de base do clube argentino Chacarita Juniors. O Chacarita, contudo, não era o time do coração do candidato a presidente, como ele confessou em entrevista à rádio Urbana Play FM de Buenos Aires. Milei costumava torcer pelo Boca Juniors, mas se desencantou com a aposentadoria do atacante Martín Palermo, em 2011, e por discordar de decisões do ex-presidente Daniel Angelici.
Dessa forma, Milei abriu caminho para o partido La Libertad Avanza conquistar duas cadeiras na Câmara dos Deputados em 2021, uma ocupada por ele, e outra pela sua candidata à vice-presidência, Victoria Villarruel. As principais propostas de campanha dele são a dolarização gradual da economia da Argentina, redução de gastos estatais e a privatização de empresas públicas. Ele também defende a extinção de direitos trabalhistas como o pagamento das verbas rescisórias.
As maiores polêmicas defendidas por Javier Milei versam sobre a segurança pública. O candidato propõe a desregulamentação do porte de armas e a militarização das prisões do país. O primeiro turno da eleição será no dia 22 de outubro.
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